sábado, 25 de julho de 2015

JARTURICE 205

                                                            
                    PROBLEMAS POLICIAIS – 208 - # 205

                          (Diário Popular # 5653 – 05.07.1958)
                                                                                                             
                O inspector Fauvel que passava as suas férias nas margens de um lago dos Alpes, foi convidado a dar a sua opinião sobre um crime que vitimara uma linda rapariga de 19 anos, Mina Mason. O médico que examinara o corpo fora formal: segundo ele a rapariga não podia ter sobrevivido mais de 15 minutos aos terríveis ferimentos que lhe haviam feito.
         A testemunha essencial deste drama era François Hertot, um meio idiota que se dedicava à caça furtiva. O inspector Fauvel ouviu-o.
         «Eu caminhava através do bosque, do outro lado do lago, quando vi diante de mim este senhor e a rapariga, que pareciam lutar». E ao dizer isto, o caçador apontava Jean Louis de la Roncière, filho de um rico proprietário local. Depois acrescentou: «A luta não durou muito tempo. Vi o senhor levantar o braço e vi o brilho de uma lâmina na ponta da sua mão. Ele golpeou-a duas vezes. Como tinha medo de que ele me matasse também, se me visse, escondi-me numa moita e fiquei ali pelo menos duas horas. Durante todo esse tempo o assassino ficou sentado no chão, olhando com insistência a sua vítima. Como já estava ali havia muito tempo, arranjei maneira de deslizar até junto do seu barco. Já tinha deixado a margem, quando ouvi chamarem-me. Era o assassino que me dava ordem de acostar. Obedeci-lhe. Vi-o então amarrar com uma corda algumas pedras ao corpo da rapariga. Pediu-me que o ajudasse a levar o cadáver no meu barco. Depois, dirigimo-nos para o meio do lago, pouco frequentado a essa hora. Foi aí que deitámos o cadáver pela borda fora. Mas eu tomei nota do sítio e foi por isso que se apanhou o cadáver com facilidade».
         - Isso é horrível! – exclamou Jean Louis, que ouvira tudo. Esse homem mente, inspector. Ontem de manhã, estive, efectivamente, no bosque, com Mina. Mas não a matei. E também não avistei François em todo o dia.
         - Tinha uma faca de caça consigo? – perguntou-lhe Fauvel.
         - Habitualmente, trago-a. Mas perdi-a, há cerca de uma semana.
         Fauvel voltou-se então para François e perguntou-lhe:
         - Costuma limpar frequentemente o seu barco?
         - Sim senhor. Está sempre limpo, por causa das pessoas que levo a passear. Agora tem muitas manchas de sangue…
         - Mas isso é mentira, senhor inspector. – disse o rapaz em voz suplicante. Espero que o senhor descobrirá a verdade!
         - Esteja descansado meu rapaz! Já sei o que se passou.

         De quem é que o inspector desconfiava e porquê?   
                                                               
        (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)


  *     *     *     *     *










Solução do problema # 204
(Diário Popular # 5639 – 21.06.1958)

O inspector observa que as escadas que conduziam ao alto da torre estavam cobertas de folhas secas e poeira. Se o morto por ali tivesse passado, teria deixado sinais, pois tinha os sapatos cobertos de lama. E as folhas que havia nas escadas, ter-se-iam agarrado à lama dos sapatos, o que não se verifica


   Jarturice-205 (Divulgada em 25.Julho.2015)







APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

Sem comentários: