PROBLEMAS POLICIAIS 188 - # 185
(Diário Popular # 5455 – 14.12.1957)
Foram
presos dois chineses, empregados numa lavandaria, por suspeita de terem
assassinado uma rapariga chinesa. Nenhum deles estava disposto a falar, nem
mesmo por intermédio de um intérprete. Um dos chineses era baixo e gordo e o
outro era alto, mas igualmente gordo; ambos (como mais tarde se veio a saber)
eram naturais de Cantão.
Os
investigadores mandaram despir os dois homens e revistaram-nos cuidadosamente,
mas não lhes encontraram nada que pudesse inspirar suspeitas. Retiraram-lhes do
fato todos os objectos que lá encontraram, e meteram-nos numa cela. Quatro
horas depois, encontraram um deles estrangulado, e descobriram uma delgada
marca circular em volta da garganta do cadáver. As celas de um e de outro lado
daquela que os presos ocupavam, estavam vazias e a investigação a que depois se
procedeu revelou que ninguém se aproximara dele. Nenhum dos homens tinha
atacadores nos sapatos, e o morto não fora estrangulado com as mãos nem com
qualquer artigo de vestuário; Não se encontrou nem corda, nem fio, nem qualquer
objecto semelhante, e a cela não tinha janela para o exterior. Também não era
possível empurrar para fora dela fosse o que fosse, pelas frinchas ou por baixo
da sólida porta da cela.
O
outro chinês declarou apenas que estava a dormir e nada sabia do que se
passara.
O
problema, concluiu Fordney – consiste em saber quais foram os meios empregados
para realizar aquele truque de magia oriental».
Qual é a vossa solução?
(Divulgaremos amanhã, a
solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 184
(Diário
Popular # 5442 – 30.11.1957)
O inspector Fauvel notara
três pistas com pegadas de George.
Ora, se as coisas se tivessem
passado como George Marchete contara, não seria três, mas sim quatro pistas que
o inspector devia ter visto, pois George afirmara haver saído do pavilhão e
voltado aí a procurar medicamentos e, depois, ter ido novamente até junto do
corpo e verificado as morte do amigo, regressando ao pavilhão para chamar a
polícia. Na verdade, George emboscara-se na moita, até à qual chegara, indo por
outro caminho.
Matara o amigo e simulara,
então, as idas e vindas. Mas fizera mal as contas.
Jarturice-185 (Divulgada
em 05.Julho.2015)
APRESENTAÇÃO DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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