domingo, 5 de julho de 2015

JARTURICE 185

           PROBLEMAS POLICIAIS 188 - # 185
                        
            (Diário Popular # 5455 – 14.12.1957)
        
        
O professor Fordney discursava no banquete anual da Sociedade dos Mágicos.S em Nova Iorque um estranho caso. Nessa ocasião eu era ainda um rapazinho, mas recordo-me do vivo interesse que o incidente despertou em meu pai. Não me parece que tenham grande dificuldade em o resolver, posto que sempre o tenho considerado um admirável exemplo da maneira como podemos deixar-nos confundir pela evidência.
         Foram presos dois chineses, empregados numa lavandaria, por suspeita de terem assassinado uma rapariga chinesa. Nenhum deles estava disposto a falar, nem mesmo por intermédio de um intérprete. Um dos chineses era baixo e gordo e o outro era alto, mas igualmente gordo; ambos (como mais tarde se veio a saber) eram naturais de Cantão.
         Os investigadores mandaram despir os dois homens e revistaram-nos cuidadosamente, mas não lhes encontraram nada que pudesse inspirar suspeitas. Retiraram-lhes do fato todos os objectos que lá encontraram, e meteram-nos numa cela. Quatro horas depois, encontraram um deles estrangulado, e descobriram uma delgada marca circular em volta da garganta do cadáver. As celas de um e de outro lado daquela que os presos ocupavam, estavam vazias e a investigação a que depois se procedeu revelou que ninguém se aproximara dele. Nenhum dos homens tinha atacadores nos sapatos, e o morto não fora estrangulado com as mãos nem com qualquer artigo de vestuário; Não se encontrou nem corda, nem fio, nem qualquer objecto semelhante, e a cela não tinha janela para o exterior. Também não era possível empurrar para fora dela fosse o que fosse, pelas frinchas ou por baixo da sólida porta da cela.
         O outro chinês declarou apenas que estava a dormir e nada sabia do que se passara.
         O problema, concluiu Fordney – consiste em saber quais foram os meios empregados para realizar aquele truque de magia oriental».

         Qual é a vossa solução?         

        (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

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Solução do problema # 184
(Diário Popular # 5442 – 30.11.1957)

O inspector Fauvel notara três pistas com pegadas de George.
Ora, se as coisas se tivessem passado como George Marchete contara, não seria três, mas sim quatro pistas que o inspector devia ter visto, pois George afirmara haver saído do pavilhão e voltado aí a procurar medicamentos e, depois, ter ido novamente até junto do corpo e verificado as morte do amigo, regressando ao pavilhão para chamar a polícia. Na verdade, George emboscara-se na moita, até à qual chegara, indo por outro caminho.
Matara o amigo e simulara, então, as idas e vindas. Mas fizera mal as contas.

Jarturice-185 (Divulgada em 05.Julho.2015)





APRESENTAÇÃO DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt


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