domingo, 12 de julho de 2015

POLICIÁRIO 1249

UMA FALHADA IDA AO CLUBE!

Publicamos, hoje, mais um desafio de autoria do confrade “Quaresma, Decifrador”, desta vez de escolha múltipla.
Trata-se de um problema que não oferece uma dificuldade extrema, pelo menos para os confrades mais experientes, mas requer alguma atenção na análise dos dados fornecidos pelo autor.
O enigma da passada semana e este, dão-nos a ideia que estaremos perante um novo produtor, capaz de articular bem as diversas peças de um problema e com bastante margem para uma progressão que se pretende sólida e segura. O seu processo de elaboração dos problemas leva-nos para a recordação das primeiras produções do confrade Paulo, hoje em dia um expoente máximo da arte de bem produzir problemas policiários.
Usando um pseudónimo que nos remete para o grande investigador de Fernando Pessoa, ficaremos à espera dos próximos desenvolvimentos, ou seja, de novos desafios que, recordamos ao nosso “detective”, deverão ser de constante busca e progressão. O próximo passo terá de ser, obrigatoriamente, superior em qualidade ao que foi agora dado! Uma qualidade que não poderá passar apenas pela maior dificuldade das propostas, mas sobretudo com um trabalho mais apurado de construção da acção e da sua evolução até às questões a colocar aos “detectives”. Embora limitados sempre pelo espaço disponível, não pode haver pressa excessiva em terminar os casos, como se de uma corrida contra o tempo se tratasse. Tem de haver um tempo e um ritmo adequados para o que pretendemos transmitir aos “detectives” com os nossos escritos.
Aguardamos os próximos desenvolvimentos…


CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL
PROVA N.º 6 – PARTE II
“ ACONTECEU NA ENTRADA DO CLUBE” – Original de QUARESMA, DECIFRADOR

Depois de muita insistência, resolvi aceder ao pedido do meu amigo. Ele pretendia entrar num clube de acesso muito reservado e limitado a um grupo muito reduzido de pessoas. Só que para o conseguir precisava de conhecer o código que lhe daria acesso. Por isso, contava com a minha ajuda para a decifração desse código.
Pelo que parece, o acesso ao clube em causa era feito de uma forma muito estranha. Os interessados em participar nas atividades do clube, deviam aproximar-se da porta, bater e aguardar que lhes fosse dada uma informação, enquanto eram controlados por uma câmara colocada sobre a porta. Em seguida, deveriam dizer algo e só seria aberta a porta caso a resposta dada correspondesse ao que era esperado. Caso contrário, não valia a pena tentarem de novo. Quer isto dizer que só lhes era dada uma oportunidade.
Na noite em questão, colocámo-nos num local estratégico perto da entrada do clube, onde conseguíamos ouvir tudo. Começamos por ver um indivíduo aproximar-se da porta e, com duas pancadas dadas com os nós dos dedos, bater na porta. Vimos ligar a luz verde da câmara e ouvimos uma voz dizer: “8”. De imediato, o indivíduo respondeu “4”. A porta abriu-se e ele entrou.
Ainda não tinha passado muito tempo e já outro indivíduo se aproximava e batia à porta com a palma da mão aberta, dando duas pancadas. A câmara voltou a ligar-se e ouviu-se: “24”. Resposta imediata: “12”. A porta voltou a abrir-se e o segundo indivíduo entrou.
Eu e o meu amigo entreolhámo-nos e, pelo olhar dele, percebi que já tinha uma ideia sobre o que fazer para entrar no clube. Enquanto isto, aproxima-se um terceiro indivíduo e tudo se repete: bate à porta com os nós dos dedos, três pancadas, a câmara liga-se e ouve-se a voz proveniente do interior dizer: “14”. Do lado exterior, ouve-se “7” como resposta e a porta abre-se.
O meu amigo, enquanto esfregava as mãos de satisfação, dizia-me: “Desculpa lá ter-te feito cá vir. Afinal não vou precisar da tua ajuda.”
“Tens a certeza?”, perguntei. “Não será melhor conversarmos sobre como se processa a entrada no clube?” Ainda não tinha terminado de falar e ele já ia na direção da entrada. “Obrigado, mas não é necessário.”
Fiquei a vê-lo chegar junto à porta e a bater com duas fortes palmadas. Sem saber bem porquê, estava com a sensação que ele se iria precipitar. Entretanto, a câmara ligou e ouviu-se: “30”. O meu amigo, rapidamente, respondeu: “15”.
E nada aconteceu. Ou melhor, até aconteceu. Aconteceu a porta não se abrir.
Depois de algum tempo, sem perceber muito bem o que tinha acontecido, o meu amigo afastou-se a murmurar: “Porque é que a porta não abriu? Eu tinha a certeza…”
“Pois…”, comecei por lhe dizer, “…devíamos ter falado antes e esperar que viesse mais alguém para tirarmos todas as dúvidas.” E acrescentei: “Agora já sei o que devias ter respondido!”

Será que o leitor também sabe?

A – 6
B – 9
C – 16
D – 19


E pronto.
Os dados estão lançados e resta aos nossos leitores e “detectives” darem a resposta ao problema, neste caso apenas indicando a alínea por que optam, impreterivelmente até ao próximo dia 15 de Agosto, para o que poderão usar um dos seguintes meios:
- Pelos Correios para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
- Por e-mail para um dos endereços:
- Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.


Recordamos que é necessário, diremos mesmo, obrigatório, que cada confrade indique com clareza a alínea escolhida, sem o que não poderá ser considerada correcta a resposta dada, podendo depois, se assim entender, dar as explicações e descrever os raciocínios que o levaram até à opção tomada. Isto porque alguns “detectives” descrevem, descrevem e voltam a descrever, apontam pistas e excluem outras, mas em lado algum indicam a sua opção e no meio de todo aquele texto, o orientador não consegue sequer ver o sentido final apontado pelo decifrador!
Assim, em todos os casos em que a alínea não esteja explícita, a resposta será sempre considerada errada.
Boas deduções, com votos de excelentes férias para quem as tem!


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