UMA FALHADA IDA AO CLUBE!
Publicamos, hoje, mais um desafio de autoria do
confrade “Quaresma, Decifrador”, desta vez de escolha múltipla.
Trata-se de um problema que não oferece uma
dificuldade extrema, pelo menos para os confrades mais experientes, mas requer
alguma atenção na análise dos dados fornecidos pelo autor.
O enigma da passada semana e este, dão-nos a ideia que
estaremos perante um novo produtor, capaz de articular bem as diversas peças de
um problema e com bastante margem para uma progressão que se pretende sólida e
segura. O seu processo de elaboração dos problemas leva-nos para a recordação
das primeiras produções do confrade Paulo, hoje em dia um expoente máximo da
arte de bem produzir problemas policiários.
Usando um pseudónimo que nos remete para o grande
investigador de Fernando Pessoa, ficaremos à espera dos próximos
desenvolvimentos, ou seja, de novos desafios que, recordamos ao nosso
“detective”, deverão ser de constante busca e progressão. O próximo passo terá
de ser, obrigatoriamente, superior em qualidade ao que foi agora dado! Uma
qualidade que não poderá passar apenas pela maior dificuldade das propostas,
mas sobretudo com um trabalho mais apurado de construção da acção e da sua
evolução até às questões a colocar aos “detectives”. Embora limitados sempre
pelo espaço disponível, não pode haver pressa excessiva em terminar os casos,
como se de uma corrida contra o tempo se tratasse. Tem de haver um tempo e um
ritmo adequados para o que pretendemos transmitir aos “detectives” com os
nossos escritos.
Aguardamos os próximos desenvolvimentos…
CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE
PORTUGAL
PROVA N.º 6 – PARTE II
“ ACONTECEU NA ENTRADA DO CLUBE” –
Original de QUARESMA, DECIFRADOR
Depois de
muita insistência, resolvi aceder ao pedido do meu amigo. Ele pretendia entrar
num clube de acesso muito reservado e limitado a um grupo muito reduzido de
pessoas. Só que para o conseguir precisava de conhecer o código que lhe daria
acesso. Por isso, contava com a minha ajuda para a decifração desse código.
Pelo que
parece, o acesso ao clube em causa era feito de uma forma muito estranha. Os
interessados em participar nas atividades do clube, deviam aproximar-se da
porta, bater e aguardar que lhes fosse dada uma informação, enquanto eram
controlados por uma câmara colocada sobre a porta. Em seguida, deveriam dizer
algo e só seria aberta a porta caso a resposta dada correspondesse ao que era
esperado. Caso contrário, não valia a pena tentarem de novo. Quer isto dizer
que só lhes era dada uma oportunidade.
Na noite em
questão, colocámo-nos num local estratégico perto da entrada do clube, onde
conseguíamos ouvir tudo. Começamos por ver um indivíduo aproximar-se da porta
e, com duas pancadas dadas com os nós dos dedos, bater na porta. Vimos ligar a
luz verde da câmara e ouvimos uma voz dizer: “8”. De imediato, o indivíduo
respondeu “4”. A porta abriu-se e ele entrou.
Ainda não
tinha passado muito tempo e já outro indivíduo se aproximava e batia à porta
com a palma da mão aberta, dando duas pancadas. A câmara voltou a ligar-se e
ouviu-se: “24”. Resposta imediata: “12”. A porta voltou a abrir-se e o segundo
indivíduo entrou.
Eu e o meu
amigo entreolhámo-nos e, pelo olhar dele, percebi que já tinha uma ideia sobre
o que fazer para entrar no clube. Enquanto isto, aproxima-se um terceiro
indivíduo e tudo se repete: bate à porta com os nós dos dedos, três pancadas, a
câmara liga-se e ouve-se a voz proveniente do interior dizer: “14”. Do lado
exterior, ouve-se “7” como resposta e a porta abre-se.
O meu amigo,
enquanto esfregava as mãos de satisfação, dizia-me: “Desculpa lá ter-te feito
cá vir. Afinal não vou precisar da tua ajuda.”
“Tens a
certeza?”, perguntei. “Não será melhor conversarmos sobre como se processa a
entrada no clube?” Ainda não tinha terminado de falar e ele já ia na direção da
entrada. “Obrigado, mas não é necessário.”
Fiquei a
vê-lo chegar junto à porta e a bater com duas fortes palmadas. Sem saber bem
porquê, estava com a sensação que ele se iria precipitar. Entretanto, a câmara
ligou e ouviu-se: “30”. O meu amigo, rapidamente, respondeu: “15”.
E nada
aconteceu. Ou melhor, até aconteceu. Aconteceu a porta não se abrir.
Depois de
algum tempo, sem perceber muito bem o que tinha acontecido, o meu amigo
afastou-se a murmurar: “Porque é que a porta não abriu? Eu tinha a certeza…”
“Pois…”,
comecei por lhe dizer, “…devíamos ter falado antes e esperar que viesse mais
alguém para tirarmos todas as dúvidas.” E acrescentei: “Agora já sei o que
devias ter respondido!”
Será que o
leitor também sabe?
A – 6
B – 9
C – 16
D – 19
E
pronto.
Os
dados estão lançados e resta aos nossos leitores e “detectives” darem a
resposta ao problema, neste caso apenas indicando a alínea por que optam,
impreterivelmente até ao próximo dia 15 de Agosto, para o que poderão usar um
dos seguintes meios:
- Pelos Correios para Luís Pessoa, Estrada Militar,
23, 2125-109 MARINHAIS;
- Por e-mail para um dos endereços:
- Por entrega em mão ao orientador da secção, onde
quer que o encontrem.
Recordamos
que é necessário, diremos mesmo, obrigatório, que cada confrade indique com
clareza a alínea escolhida, sem o que não poderá ser considerada correcta a
resposta dada, podendo depois, se assim entender, dar as explicações e
descrever os raciocínios que o levaram até à opção tomada. Isto porque alguns
“detectives” descrevem, descrevem e voltam a descrever, apontam pistas e
excluem outras, mas em lado algum indicam a sua opção e no meio de todo aquele
texto, o orientador não consegue sequer ver o sentido final apontado pelo
decifrador!
Assim,
em todos os casos em que a alínea não esteja explícita, a resposta será sempre considerada
errada.
Boas deduções, com votos de excelentes férias para
quem as tem!
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