(Diário Popular # 5674 – 26.07.1958)
Ao
passar naquela rua de um bairro populoso, o inspector Pauvel teve de parar de
súbito o seu carro pois avistara um corpo humano caído.
Saiu
do carro e inclinou-se sobre o cadáver de uma mulher que aparentava ter
cinquenta anos e que tinha uma grande ferida na testa.
O
corpo estava já frio. Provavelmente o acidente fora provocado por um automóvel,
pois viam-se sinais dos pneus que tinham passado sobre o peito da vítima.
Fauvel
telefonou a pedir o envio de polícias para conter a multidão que engrossava
rapidamente. Uma hora mais tarde, o inspector ainda se encontrava no local.
Depois
de muito interrogar soube que a vítima era a senhora Nelmia, residente perto
dali. Um vizinho, ao saber que a vítima não tinha os óculos que usava
habitualmente, emitiu a opinião de que ela tivesse sido atropelada por um
veículo que não vira e cujo condutor devia ter-se posto em fuga.
Fauvel
suspirou. Ainda não era aquele o dia em que teria repouso, apesar de estar
tanto calor. Porque ele tinha a sua ideia sobre o caso.
«Porque
é que a mulher usava uma camisola masculina? E porque é que o seu cadáver fora
atirado para a rua, naquele local? Porque era evidente que ela não fora
atropelada… nem assassinada naquele ponto.
Como é que o inspector sabia aquilo?
(Divulgaremos amanhã, a
solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 207
(Diário
Popular # 5667 – 19.07.1958
Georges Hamon tinha abotoado o sobretudo à saída do bar. A
circunstância de o seu fato estar manchado de sangue indicava que tinha despido
o sobretudo antes de tocar no cadáver. Ora, em circunstâncias semelhantes não
era natural que um marido pensasse em despir o sobretudo antes de auxiliar a
mulher. Esse erro seria fatal a Georges Hamon.
Jarturice-208
(Divulgada em 28.Julho.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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