A Jarturice que ontem vos enviei, como pedacinho do bolo de aniversário da minha filha CLÔ, espero que vos não tenha feito mal, provocado vómitos... Na realidade, o bolo, confecionado por mim, que mal sei cozer batatas, ficou defeituoso, indigesto, intragável. É para ir para o lixo...
Então é assim! (Detesto ouvir, quem invariavelmente, começa assim as suas declarações).
Na realidade, a publicação sobre a qual escrevi: O jornal «O POLICIAL», de 1996, não teve apenas um número. Teve cinco, como fui confirmar na BPMP. O nosso amigo Leonardo de Sá, investigador conceituado nestas coisas da história das publicações, respondeu-me àquela Jarturice, (que afinal foi uma tremenda Jarturada), dizendo, precisamente, que o jornal «O POLICIAL», tivera cinco números.
Efectivamente, depois de consumar a apressada Jarturada, consultei mais atentamente o catálogo da BPMP, e apressei-me a verificar, nessa instituição, que assim era. E o que me levara ao engano?
É que existe uma outra publicação com o mesmo título, «O POLICIAL», neste caso uma revista mensal, editada em 1991, de Março a Julho, portanto quatro números, e que no n.º 2 e no n.º 3, também inseriu problemas policiais. Já ontem, eu tinha produzido outra (JARTURICE - Extra "CLÔ") para substituir a mal confeccionada, mas talvez as "tacitas" de espumante me tivessem feito clicar erradamente no não guardar, e o trabalho, quando hoje o pretendia abrir, surgiu-me a versão não alterada. Paciência!
Vou refazer em seguida a folha de substituição, e o pedacito de bolo, já sem sabor amargo, seguirá para o almoço. Bom apetite, amigos, e desculpem o mau serviço.
Abraços do Jartur
Diário Popular #
5428 – 16.11.1957)
«Ainda não está
morto há muito tempo» - murmurou o inspector Fauvel, largando o braço do homem
que, em pijama, estava estendido sobre a cama.
«Naturalmente,
tomou uma dose demasiado forte de heroína» - comentou, por sua vez, o inspector
da Policia helvética, que chegara quase ao mesmo tempo que Fauvel ao pequeno
quarto de um hotel de Genébra. Mas logo acrescentou:
«Em todo o caso,
escolheu uma curiosa maneira de se suicidar, no momento em que, daqui a dois
passos, se desenrola uma importante conferência internacional sobre a luta
contra o tráfico de estupefacientes…».
Enquanto
ele assim falava, o inspector Fauvel fazia um rápido exame ao quarto, cujo
mobiliário se limitava, aliás, ao mínimo estritamente necessário. E, depois de
ter inspeccionado as gavetas, deu uma vista de olhos à mala do morto e ao seu
conteúdo. Uma pasta, cigarros, bilhetes de comboio, lenços, uma caneta, um
relógio – em resumo, nada de especial.
Porém,
num pequeno bolso disfarçado de um casaco, o inspector encontrou aquilo que
procurava: uma fina ampola, intacta…
Entretanto,
chegou o médico legista, que, depois de ter pedido desculpa pela demora, se
debruçou sobre o cadáver e examinando-o por alguns momentos, acabou por
declarar:
«Está
morto apenas há uma hora. Os sintomas são os que normalmente se notam em casos
semelhantes, sempre que se trata de um viciado em estupefacientes. A
dose foi injectada no pulso esquerdo».
«A
mais bela das mortes para um viciado de estupefacientes – exclamou, então, o
inspector helvético. «Esta gente não gosta de provocar sangue e o suicídio pela
heroína é corrente entre eles».
Mas
Fauvel atalhou:
«Suicídio… suicídio… isso é uma coisa a
ver. Eu falarei antes em crime, ainda que se trate de um homicídio por
imprudência».
Por que era o inspector Fauvel desta opinião?
(Divulgaremos amanhã, a
solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 181
(Diário
Popular # 5421 – 09.11.1957)
Se o criminoso houvesse
entrado pela janela, a hera teria ficado praticamente partida até ao nível do
chão. O facto de estar intacta até à altura de metro e meio, indicava que o
assassino tinha saído pela janela e depois saltado para a relva, na altura em
que viu que o podia fazer sem perigo de se magoar. Porque neste caso é
impossível a um homem, ainda que seja atleta, escalar uma fachada, mesmo com a
ajuda da hera, tendo de partir a mais de metro e meio do chão.
Jarturice-182 (Divulgada
em 02.Julho.2015)
APRESENTAÇÃO E
DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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