quinta-feira, 2 de julho de 2015

JARTURICE 182

Prezados Amigos:
A Jarturice que ontem vos enviei, como pedacinho do bolo de aniversário da minha filha CLÔ, espero que vos não tenha feito mal, provocado vómitos... Na realidade, o bolo, confecionado por mim, que mal sei cozer batatas, ficou defeituoso, indigesto, intragável. É para ir para o lixo...
Então é assim! (Detesto ouvir, quem invariavelmente, começa assim as suas declarações).
Na realidade, a publicação sobre a qual escrevi: O jornal «O POLICIAL», de 1996, não teve apenas um número. Teve cinco, como fui confirmar na BPMP. O nosso amigo Leonardo de Sá, investigador conceituado nestas coisas da história das publicações, respondeu-me àquela Jarturice, (que afinal foi uma tremenda Jarturada), dizendo, precisamente, que o jornal «O POLICIAL», tivera cinco números.
Efectivamente, depois de consumar a apressada Jarturada, consultei mais atentamente o catálogo da BPMP, e apressei-me a verificar, nessa instituição, que assim era. E o que me levara ao engano?
É que existe uma outra publicação com o mesmo título, «O POLICIAL», neste caso uma revista mensal, editada em 1991, de Março a Julho, portanto quatro números, e que no n.º 2 e no n.º 3, também inseriu problemas policiais. Já ontem, eu tinha produzido outra (JARTURICE - Extra "CLÔ") para substituir a mal confeccionada, mas talvez as "tacitas" de espumante me tivessem feito clicar erradamente no não guardar, e o trabalho, quando hoje o pretendia abrir, surgiu-me a versão não alterada. Paciência!
Vou refazer em seguida a folha de substituição, e o pedacito de bolo, já sem sabor amargo, seguirá para o almoço. Bom apetite, amigos, e desculpem o mau serviço.
Abraços do Jartur


PROBLEMAS POLICIAIS – 185 - # 182

      Diário Popular # 5428 – 16.11.1957)
        
«Ainda não está morto há muito tempo» - murmurou o inspector Fauvel, largando o braço do homem que, em pijama, estava estendido sobre a cama.
         «Naturalmente, tomou uma dose demasiado forte de heroína» - comentou, por sua vez, o inspector da Policia helvética, que chegara quase ao mesmo tempo que Fauvel ao pequeno quarto de um hotel de Genébra. Mas logo acrescentou:
«Em todo o caso, escolheu uma curiosa maneira de se suicidar, no momento em que, daqui a dois passos, se desenrola uma importante conferência internacional sobre a luta contra o tráfico de estupefacientes…».
         Enquanto ele assim falava, o inspector Fauvel fazia um rápido exame ao quarto, cujo mobiliário se limitava, aliás, ao mínimo estritamente necessário. E, depois de ter inspeccionado as gavetas, deu uma vista de olhos à mala do morto e ao seu conteúdo. Uma pasta, cigarros, bilhetes de comboio, lenços, uma caneta, um relógio – em resumo, nada de especial.
         Porém, num pequeno bolso disfarçado de um casaco, o inspector encontrou aquilo que procurava: uma fina ampola, intacta…
         Entretanto, chegou o médico legista, que, depois de ter pedido desculpa pela demora, se debruçou sobre o cadáver e examinando-o por alguns momentos, acabou por declarar:
         «Está morto apenas há uma hora. Os sintomas são os que normalmente se notam em casos semelhantes, sempre que se trata de um viciado em estupefacientes. A dose foi injectada no pulso esquerdo».
         «A mais bela das mortes para um viciado de estupefacientes – exclamou, então, o inspector helvético. «Esta gente não gosta de provocar sangue e o suicídio pela heroína é corrente entre eles».
         Mas Fauvel atalhou:
         «Suicídio… suicídio… isso é uma coisa a ver. Eu falarei antes em crime, ainda que se trate de um homicídio por imprudência».

         Por que era o inspector Fauvel desta opinião?

         (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)



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Solução do problema # 181
(Diário Popular # 5421 – 09.11.1957)

Se o criminoso houvesse entrado pela janela, a hera teria ficado praticamente partida até ao nível do chão. O facto de estar intacta até à altura de metro e meio, indicava que o assassino tinha saído pela janela e depois saltado para a relva, na altura em que viu que o podia fazer sem perigo de se magoar. Porque neste caso é impossível a um homem, ainda que seja atleta, escalar uma fachada, mesmo com a ajuda da hera, tendo de partir a mais de metro e meio do chão.

Jarturice-182 (Divulgada em 02.Julho.2015)





APRESENTAÇÃO E
DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
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