sexta-feira, 17 de julho de 2015

JARTURICE 196

   
                    PROBLEMAS POLICIAIS – 199 - # 196

            (Diário Popular # 5564 – 05.04.1958)


«Os nossos técnicos afirmam que a nota que encontrei na algibeira do morto foi escrita por Drissin», afirmava um jovem polícia, subordinado do inspector Fauvel, mostrando a este último uma mensagem rabiscada à pressa. Depois acrescentou: «Mas ninguém compreende o que a vítima quis dizer…E não há dúvida de que essa mensagem designava o assassino…
- Você está seguro – respondeu Fauvel – mas eu não sou dessa opinião.
- Tenho a certeza, Inspector. O assunto ficará arrumado assim que decifrarmos o conteúdo dessa mensagem. Drissin foi morto por um veneno extremamente violento e de acção fulminante. Tenho a impressão de que Drissin tentou desesperadamente revelar-nos a verdade, mas que não conseguiu ir até ao fim, porque a morte o fulminou quando ele se preparava para isso…
- E o móbil do crime? Pensou nisso?
- Certamente! Quem é que podia desejar a morte deste homem? Era estimado por toda a agente e não tinha um inimigo. Rebusquei os seus bolsos e eis o que encontrei: Um molho de chaves, uma carteira, uma caneta, um lápis, um relógio e a respectiva corrente, um lenço, moedas… Apenas isto!
O inspector Fauvel, silenciosamente, rebuscou a carteira. Encontrou dois recibos de renda de casa, um livro de cheques, dez mil francos, um bilhete de mil e um cartão de visita. Depois examinou a caneta e experimentou escrever com ela. Não tinha tinta.
«Vamos voltar a examinar isto! – disse Fauvel ao seu jovem colega.
- Está bem! Mas não creio que encontre nada.
- Não tenho a certeza de que assim seja. Não há dúvida de que esta mensagem indica o criminoso. Mas não como você o supõe. Porque Drissin teria dificuldade em designar o seu assassino, como você parece acreditar…
O jovem agente da Polícia ficou estupefacto.

Que lhe dizia o inspector? Por que é que ele falava assim?

        (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

  *     *     *     *     *
 








Solução do problema # 195
(Diário Popular # 5550 – 22.03.1958)
    
Foi a posição dos pés da morta que esclareceu o inspector. Os pés de um ser humano deitado no chão, depois de uma queda de costas, ficam virados para fora. Ora, os de Corrine Lagot estavam voltados para dentro.
                 
 Jarturice-196 (Divulgada em 16.Julho.2015)





APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt


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