(Diário Popular # 5193 – 23.03.1957)
O paradoxal contraste entre o
miserável camarim de Lily Baker, no mais ordinário recinto de diversões da
cidade, e a sua luxuosa residência particular, muito depunha a favor da
prosperidade do seu noivo, o fazendeiro Hank Nelson.
Nelson
perguntara, timidamente, à artista de variedades se ela estava disposta a casar
com ele. Mas não reparara no brilho de vitória que se acendera nos olhos de
Lily, quando ela murmurou, suavemente: -
«Bem…».
Um estupendo
dote pré matrimonial, e a promessa de um casamento com comunhão de bens, daí a
três meses, tornaram Lily a mais feliz rapariga da cidade.
«Sim, sim,
casar-me-ei contigo. Se matares esse homem odioso!», gritou Lily, quatro meses
mais tarde.
Quando o
professor Fordney e o «sheriff» Olsen chegaram a casa de Nerlson, as labaredas
saíam das janelas do primeiro andar da casa residencial. O celeiro e três
outras edificações da casa agrícola, que ficavam anexas à residência, eram,
igualmente, pasto das chamas, que rompiam do rés-do-chão.
«Com o vento que
sopra, não tardará que aqueles velhos telhados de colmo se abatam», observou
Olsen. O professor Fordney concordou.
«Aqui está o
fusível que rebentou», disse Jed Krubb, apontando para o quadro. «Nelson estava
doente – acrescentou – e, por isso, levei um candeeiro de querosene para o
quarto dele, no primeiro andar. Depois, fui procurar Art Gowdy, para que
consertasse o fusível. Quando voltei, a casa era um braseiro. O incêndio
ajudado pelo vento, propagara-se ao celeiro e às outras edificações. Eu nada
podia fazer».
O professor
perguntou onde se encontrava Lily. «Está em casa dos Trumbulls», respondeu
Krubb.
Fordney examinou
cuidadosamente o fusível, o quadro da instalação eléctrica e, depois foi ver o
quarto onde Nelson morrera carbonizado.
Depois,
apontando para Krubb, disse ao «sheriff»: «Prenda este homem. É um incendiário
e um criminoso».
Como
chegou Fordney a esta conclusão?
(Divulgaremos amanhã, a
solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 151
(Diário
Popular # 5186 – 16.03.1957)
O professor Fordney suspeitou
de que Bixby fosse conivente no roubo, porque a lista, aparentemente compilada
por ele, se encontrava nu,a prateleira dentro do cofre. Nenhuma pessoa inocente
e sensata teria colocado junto do dinheiro as listas com a numeração das notas –
único meio de as identificar e, evidentemente, recuperar. E qualquer ladrão,
mesmo com coeficiente de inteligência muito baixo, levaria a lista com o
dinheiro e, eliminado, deste modo, a prova de que as notas, caso viesse a ser
apanhado com elas, pertenciam ao cofre de McIntyre.
O facto de a lista se
encontrar no cofre convenceu Fordney de que era falsa, e que os números não
eram os das notas de McIntyre. Deste modo, os Bancos procurariam os números
errados, enquanto o dinheiro roubado circularia com facilidade.
Jarturice-152 (Divulgada
em 02.Junho.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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