sábado, 6 de junho de 2015

JARTURICE 156

                                                            
                      PROBLEMAS POLICIAIS – 159 - #156
             (Diário Popular # 5221 – 20.04.1957)                                                                                 
O professor Fordney olhou atentamente os pés do cadáver. Que estavam cruzados, no chão. Relanceou o olhar pelos numerosos aposentos de paredes espessas, no 29.º andar do Hotel Balmore, onde o jovem e rico Skip Hoyt jazia sobre um grande «puzzle» praticamente solucionado, em cima de uma mesa, no meio do quarto. Tinha sido alvejado na cabeça. Em cima da pedra do fogão encontra-se um relógio, atrasado 14 minutos.
- Foi o senhor a última pessoa a ver Hoyt vivo? – perguntou o Professor ao campeão de ténis Bruce Raymer.
- Provavelmente, isto é, se não contarmos com o assassino – replicou o jovem. – Estivemos a beber juntos e a conversar, Skip e eu, até às 10 horas. Ele começou a fazer aquele «puzzle» quando eu saí. Disse que queria ocupar o espírito em qualquer coisa até vir o Nick Foran. Quando voltei, meia hora mais tarde, encontrei Foran a olhar para Skip. Avisei o detective do hotel.
Os olhos de Fordney não se desprendiam dos pés de Hoyt. Voltou-se para o sargento Krause e pediu-lhe:
Mande chamar Foran.
Foran era um homem de 55 anos, corpulento, afável, jogador conhecido.
- Quanto é que Hoyt lhe devia? – perguntou-lhe Fordney.
Foran deu uma gargalhada:
- Quanto me devia? Essa é boa! Eu é que devia 13.000 dólares a Hoyt… Vinha cá pagar-lhos. Mas, agora que ele está morto…
- A que horas chegou aqui?
- Às 10 e 28, da última vez.
- Esteve cá antes?
- Sim, às 9 e 15.
O Professor fitou Raymer.
- Skip e eu entrámos juntos às 9 e 25 disse ele.
Fordney exclamou, apontando um deles:
- Mente! Levem-no para a esquadra.


De quem suspeitou Fordney?

          (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)



  *     *     *     *     *








Solução do problema # 155
(Diário Popular # 5214 – 13.04.1957)

            Aqui está como Dalyrumple, por meio de raciocínio lógico, chegou à conclusão de que na sua testa havia uma marca vermelha: todos os três assobiavam. Portanto, qualquer dos três, via, pelo menos, uma marca vermelha.
«Ora – disse para com os seus botões, o astuto Dalyrumple. - Suponhamos que eu tenho uma marca preta. Muito bem. Estou a assobiar, porque vejo marcas vermelhas tanto em Graham como em Ethel. Se eu tivesse uma marca preta, Graham assobiaria por ver a marca vermelha de Ethel. E Ethel assobiaria por ver a marca vermelha de Graham. Se a minha marca fosse preta, então Graham saberia que Ethel assobiava por que via a marca vermelha dele. E Ethel saberia que Graham assobiava porque via nela uma marca vermelha. Ora, se assim fosse, tanto Graham como Ethel teriam deixado de assobiar, porque chegariam à conclusão de que qualquer deles tinha uma marca vermelha. (É de lembrar que cada um devia assobiar quando visse uma marca vermelha em, pelo menos, um dos outros, e parar apenas quando estivesse convencido de que tinha uma marca vermelha.).
Todavia, Graham e Ethel não suspenderam o assobio. Portanto, não estavam a assobiar por causa das marcas deles próprios: estavam a assobiar porque a minha marca era vermelha!».


Jarturice-156 (Divulgada em 06.Junho.2015





APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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