(Diário Popular # 5248 – 18.05.1957)
- Apesar das constantes campanhas
da Imprensa, da educação do povo e das sanções, o jogo, as burlas e as
desordens continuam a florescer – disse o professor Fordney aos estudantes da
sua classe de Criminologia.
Continuou:
- Qual a causa
destes males sociais? Vejamos, por exemplo, o caso de burla conhecido pelo nome
de «conto do vigário». É ele determinado por uma tendência para o «roubo», em
nós profundamente enraizada, e que quase pode considerar-se inata na natureza
humana. O desejo de obter algo por menos do seu preço legítimo é tão profundo
que o mero conhecimento das técnicas do «vigário» é insuficiente, por estranho
que pareça, para nos proteger dessa espécie de burla. Lembremo-nos que é sempre
para estes baixos desejos humanos que o vigarista apela. Ele conhece a nossa
cobiça, os nossos preconceitos, a nossa avareza e o nosso egoísmo. Não
necessita de suscitar o desejo daquilo que propõe porque ele já existe dentro
de nós, ansiando pela oportunidade de se satisfazer.
E acrescentou:
- Um dos mais
poderosos engodos que o vigarista emprega é irresistível: «Arranjar-lhe-ei isso
pelo preço do custo». Ele conhece o desejo geral de se obter uma coisa pelo menor
preço. Milhões de dólares perdem anualmente os que sucumbem às mais fascinantes
e… ilusórias propostas.
Sorrindo, o
professor Fordney exclamou depois:
- Não falemos
mais de vigaristas. Agora estudemos um pouco de criptografia elementar.
Escreveu então no
quadro as seguintes letras:
BNMRDFTHQ-JGD-DH
HRRN
ODJN OQDBN CN BTRSN
- Agora – disse
o professor – quero que decifrem isto num minuto. E ai daquele que levar mais
tempo!
É o leitor capaz de decifrar esta estranha inscrição?
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste
caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 157
(Diário
Popular # 5228 – 27.04.1957)
Se bem que Danver pudesse ter
cortado as carótidas e posto depois a navalha no armário dos remédios, o criminologista
podia afirmar que o não tinha feito e que, portanto, o escritor tinha sido
assassinado. As mãos de Danver estavam manchadas de sangue, e todavia a porta
do armário, fechado, não tinha uma única mancha. Este foi o indício que levou
Fordney à convicção de que não Danver, mas o seu assassino, tinha guardado a
navalha no armário.
Jarturice-158 (Divulgada
em 08.Junho.2015)~
APRESENTAÇÃO E
DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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