sexta-feira, 12 de junho de 2015

JARTURICE 162

   
          PROBLEMAS POLICIAIS – 165 - # 162
 (Diário Popular # 5282 – 22.06.1957)
                                                                                     
                  O Inspector Fauvel acendeu um cigarro e, depois, disse:
         - Agora, menina, conte-me com todos os pormenores, o assalto de que foi vítima.
         Leonor Rubens, a jovem que estava sentada diante dele, torcia as mãos febrilmente e parecia muito excitada. Começou a falar num tom que denunciava o seu nervosismo:
         - Pois bem… eu descia do meu carro defronte da casa de Lucier Carton. Um homem que parecia estar à espera, aproximou-se de mim, cumprimentou-se e falou-me deste modo: «Faça exactamente como eu lhe ordenar e não lhe acontecerá nada. Mas, cautela, que eu tenho no bolso uma pistola apontada para si. Dê-me depressa todas as suas jóias, sorrindo e falando comigo com o seu ar mais natural. Vá, depressa, senão disparo». O homem tinha um ar tão decidido que eu fiquei terrivelmente atemorizada. Dei-lhe precipitadamente tudo quanto ele pedia. Depois, ele montou numa motocicleta e desapareceu. Eu bati à porta de Lucie Carton e desmaiei…
         O Inspector Fauvel leu a lista das jóias roubadas: «Um bracelete de diamantes e rubis; um pingente de rubis; um colar de pérolas; um diadema em diamantes e um anel com brilhantes».
         - Tem a descrição pormenorizada destas jóias? – perguntou o inspector.
         - Não, mas a companhia de seguros deve tê-la com certeza. – respondeu Leonor.
         - Ah, estavam todas no seguro? – disse o inspector suspirando.
         - Certamente! – replicou a jovem.
         O Inspector Fauvel perguntou ainda:
         - Ia então jogar o bridge com a senhora Carton?
         - Sim.
         - A que horas foi o assalto?
         - Cerca das três horas da tarde.
         - É sempre a menina que guia o carro?
         - Sempre.
         Fauvel olhou fixamente a jovem e declarou:
         - A menina mente. Toda essa história é uma ficção urdida com a finalidade de defraudar a Companhia de Seguros.

         Como chegou Fauvel a essa conclusão?   

      (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)


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Solução do problema # 161
(Diário Popular # 5276 – 15.06.1957)

Jean-Paul Ravin declarou que, quando encontrara Christiane, estava morta havia, pelo menos, duas horas. Como gastara cerca de uma hora para atingir o lago, situado a 10 quilómetros da moradia, chegara lá, pelo menos, três horas após a morte de Christiane. Ora, ela não estava morta há tanto tempo, pois, de contrário, o seu corpo não poderia ter feito derreter o gelo. Isso acontecera porque o corpo ainda estava quente.



Jarturice-162 (Divulgada em 12.Junho.2015)









APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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