(Diário Popular # 5352 – 31.08.1957)
«Vamos,
amigo» - disse, em voz baixa, o insinuante jóvem, erguendo uma pequena pasta em
frente do «guichet» do caixa - «faça o que aqui está escrito, se não quer ficar
com as tripas espalhadas pelo chão…»
O
caixa do banco olhou para a folha de papel que aquele rapaz, sorridente, mas de
olhar duro, metera pela abertura do «guichet».
PONHA NESTA PASTA TODO O DINHEIRO QUE AQUI TIVER.
FALE NATURALMENTE E SEM ELEVAR A VOZ
E
NÃO TOQUE NO SINAL DE ALARME.
O
caixa ergueu os olhos, viu os dois homens de pé, de cada lado do «guichet», e
obedeceu. Levou um tempo infinito a contar as notas e, por fim, meteu na pasta
oito mil dólares. Os três homens dirigiram-se para a porta, sem se apressar, e
logo desapareceram na rua cheia de gente.
Pela
excelente descrição que o caixa fez, dos três homens, ao Professor Fordney,
amigo do director do Banco, não foi difícil identificar os criminosos: usavam
os nomes de: Sugar Ardeil; Abidi Loweil e Jack Mason, tendo todos largo
cadastro.
O
criminologista lançou-se, imediatamente, ao trabalho, ao lado da polícia. As
investigações revelaram que um dos três malfeitores tentava formar uma
sociedade com os cúmplices, que serviria de fachada por detrás da qual se
ocultariam as complicadas operações de um vasto bando de cadastrados. Fordney
constatou, ainda, o seguinte:
1
– Ardell disse ao homem que andava a organizar a sociedade que teria muito
gosto em fazer parte dela.
2
– O técnico de roubos de Bancos, que meteu a folha de papel pela abertura do
«guichet», disse ao organizador da sociedade que podia contar com ele, se
arranjasse outra pessoa em substituição de Mason; acrescentou, ainda, que não
confiava inteiramente em Mason.
Destes
magros elementos, o Professor depressa deduziu a identidade do homem da pasta.
Quem era
ele?
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste
caso)
* *
* * *
Solução do problema # 171
(Diário Popular #
5345 – 24.08.1957)
Antes de tentarmos identificar o
assassino, é melhor começarmos por descobrir quem é o detective.
O facto n.º 2 diz-nos que o detective não
é o assassino; o n.º 1 informa-nos de que Levy não é o assassino, não sendo
também o detective, pois Levy e o criminoso eram delinquentes desde a mocidade.
Mimi Dore não é o assassino (3), nem o
detective, pois tanto um como outro são homens. Steel (3) também não é o
criminoso nem o detective.
Devine (4) aconselhou Steel a informar
Levy da ligação da rapariga deste com o detective, por isso Devine não pode ser
o detective particular. Logo, por excvlusão de partes, concluímos que Morrel é
o detective, e que o criminoso é Devine, visto que, como acabamos de verificar,
não pode ser nenhum dos outros.
Jarturice-172 (Divulgada em 22.Junho.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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