quinta-feira, 11 de junho de 2015

JARTURICE 161

   
 
                   PROBLEMAS POLICIAIS – 164 - # 161
                                           


                     (Diário Popular # 5276 – 15.06.1957)

                       Certo Inverno o Inspector Fauvel encontrava-se a passar uns dias de férias, numa instância alpina, quando ao ler um jornal, deparou com a notícia de um crime que havia sido cometido no dia anterior, a poucos quilómetros dali. O jornal dava muitos pormenores do caso. O Inspector ficou assim informado de que um guarda-florestal reconhecera, no doutor Jean-Paul Ravin, o homem que vira, na véspera do crime, junto da pequena moradia onde residia a vítima. Interrogado, o jovem médico reconhecera que, efectivamente, o guarda-florestal o podia ter visto, protestando, todavia, a sua inocência, quanto à morte da sua noiva, Christiane François.
O doutor Ravin afirmava ter ido com Christiane dar um passeio pelas margens dum lago, distante cerca de 40 quilómetros, na tarde de segunda-feira. Ao regressarem, haviam discutido por uma bagatela. Christiane descera do automóvel e dirigira-se para casa enquanto ele, enervado, se afastava no carro. Algum tempo depois, encontrava-se já em Saint-Paul, a cerca de cinquenta quilómetros de distância, e a sua passagem, ali, podia ser comprovada pelo dono de um «bar».
Voltara à moradia, ao cair da noite – cerca das 17 e 30 - e notara a luz acesa. Entrara e vira Christiane estendida no chão. Sobre uma mesa, encontrara dois copos, uma garrafa de conhaque e uma caixa de comprimidos. Jean-Paul afirmava ter ficado logo com a convicção de que Christiane estaria morta havia, perlo menos, duas horas. Temendo ser incriminado, transportara o corpo para o seu carro e seguira para o lago, onde os dois se haviam encontrado de tarde. Deixara aí o cadáver, na superfície gelada do lago, e regressara.
No dia seguinte, de manhã, o corpo de Christiane fora encontrado pelos patinadores. Um inspector da Polícia, chegado imediatamente ao local, não tivera dificuldade em identificar a morta, cujo corpo deixara o gelo nitidamente marcado. Christiane vestia um trajo de patinagem, e envergava luvas grossas. Durante toda a noite sentira-se, na região, um frio intensíssimo.
O artigo concluía pela interrogação: «Quem terá sido, afinal, o autor do crime, dado que o doutor Jean-Paul está presumivelmente, inocente?».
O inspector Fauvel considerou que o seu dever era não ficar inactivo. Dirigiu-se ao telefone e ligou para o inspector encarregado do caso. A conversa não demorou muito:
- Aqui fala o inspector Fauvel. Não sei em que ponto, estão as suas averiguações, mas, no seu caso, prendia o médico.

 É ele o criminoso.

       (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)



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           Solução do problema # 160
(Diário Popular # 5262 – 01.06.1957)




O Inspector Fauvel notara que as rosas haviam perdido parte das suas pétalas. Ora, estas pétalas não se encontravam caídas sobre o tampo do aparelho de rádio… Por isso, alguém entrara nos aposentos de Renoir e as fizera desaparecer.

Jarturice-161 (Divulgada em 11.Junho.2015)








APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@ariou.pt

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