domingo, 21 de junho de 2015

POLICIÁRIO 1246


SOLUCIONADO O CRIME NA BIBLIOTECA


Percorremos hoje mais uma etapa da grande maratona que é a nossa competição anual mais importante, ou seja, o campeonato nacional, com a publicação das soluções oficiais dos dois desafios que integraram a prova n.º 4.
Tratando-se de uma prova de resistência e de regularidade, é exigida aos nossos “detectives” uma grande disponibilidade para estarem sempre atentos e concentrados. Por outro lado, para aqueles confrades que têm como meta a conquista da taça de Portugal, à exigência de somarem a totalidade dos pontos ainda se adiciona a necessidade de elaborarem soluções que sejam distintivas em relação à concorrência directa, para que possam ir superando as eliminatórias.
Entretanto, vamos dar resposta ao problema mini que publicámos na nossa secção n.º 1235 e que pôs muitos dos nossos “detectives” à beira de um ataque de nervos e aproveitar a ocasião para deixarmos um novo desafio mini!


CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL- 2015
SOLUÇÕES DA PROVA N.º 4

PARTE I – “CRIME NA BIBLIOTECA” de PAULO

As declarações de Donzília não se ajustam aos factos pelo que provavelmente será a assassina.
1-      Donzília diz que abriu a porta da biblioteca. Não sendo previsível que usasse luvas, por ser um quente dia de verão, teria deixado impressões na porta. No entanto não existem impressões no puxador.
Cláudio não deveria deixar impressões digitais pois encontrou a porta aberta e não precisou de mexer no puxador.
2-      Tendo Donzília visto o marido morto, e trazendo um livro na mão, foi primeiro arrumar o livro na estante. Estranho comportamento, nada adequado a quem acaba de encontrara o cadáver da pessoa com quem estava em casa, com indícios de ter sido assassinado.
3-      Donzília terá, por motivos não explícitos, assassinado Leonardo. Apesar de planear a acção, atribuindo o crime a um estranho que teria limpo as suas impressões digitais, esqueceu-se que para abrir a porta teria que deixar as suas no respectivo fecho.
Ao fazer limpeza demonstrou que não entrou na biblioteca da forma como descreveu.
4-      Como era boa atiradora, não teve dificuldade em disparar e teve mais de duas horas para fazer desaparecer a arma, num qualquer local longe de casa.
5-      Perto da hora em que sabia que o sobrinho regressaria, aguardou junto da biblioteca, tendo antes escolhido o título de um dos livros das estantes para justificar alguma ocupação na piscina.
6-      Seria possível não ouvir o tiro. Bastaria estar a dormir, e o local e a hora a isso se proporcionavam, e ficaria justificado o facto, pelo que esse não seria um factor que a incriminaria.
7-      Temos assim um facto objectivo na sua incriminação: ausência de impressões digitais dela no fecho da porta da biblioteca, e um facto subjectivo: A estranheza de ter a serenidade de arrumar o livro no seu lugar, quando encontrou Leonardo morto.


PARTE II - “D.PAYO QUE ESTÁS NO CÉU” , de A. RAPOSO & LENA

           
A resposta certa é a que D. Payo está inocente.

D. Payo foi contemporâneo do Mestre de Avis – seculo XIV.
Mariana viveu no seculo XVIII.
Não era possível a D. Payo estar presente em Beja no tempo da freira Mariana Alcoforado.


PROBLEMA MINI

Na nossa edição n.º 1235, publicada no dia 5 de Abril, lançámos um pequeno desafio aos nossos “detectives”, que mereceu alguma atenção e também discussão.
O pequeno problema rezava assim:

“Chamavam-no ORGANAMINO e à beira do rio, parou.
Precisava de atravessar mas era fundo e a barcaça não estava.
Espetada no chão, uma tabuleta rodeada de roupa, indicava: XPTO.
Conseguiu chegar a tempo ao seu destino! Porquê?”

As propostas de solução apresentadas foram de uma diversidade completamente inesperada! Desde confrades que se debruçaram sobre a criptografia e procuraram uma relação entre o nome do personagem e as letras da tabuleta, até outros que andaram pelo “Google” em busca de “ORG”, de “ORGANA”, “AMINO” e ouras composições onde pudessem depois encaixar o “XPTO” da tabuleta…
Foram trabalhos de muita imaginação e, sobretudo, de muita busca e cansaço, que agradecemos e reconhecemos.
Mas a solução era muito mais simples e estava baseada, como seria lógico, pensamos, apenas no letreiro. O nome não podia estar relacionado com a solução, uma vez que, como se dava a entender, este personagem chegou ao seu destino, no outro lado do rio, tal como terão chegado os proprietários da roupa que estava ao redor da tabuleta. Portanto, teria de ser aí que a procura de solução deveria ocorrer.
Ora bem, “XPTO” é algo que modernamente se associa a boa qualidade, a bom nível, do género “fulano comprou um carro todo XPTO”, mas que, na realidade não passa de quatro símbolos, letras e eventualmente algarismo.
X – Poderia ser a letra do alfabeto, simplesmente uma cruz ou um número romano. Aqui será a numeração romana equivalente a “dez”;
P – Letra “PÊ”;
T – Letra “TÊ”;
O – Letra “Ó” ou número “ZERO”, equivalente a “NADA”.

Temos, pois DEZ-PE-TE-NADA, ou seja, DESPE-TE NADA.
Foi o que o nosso personagem fez e o que fizeram todos os outros que o antecederam, seguiram a indicação da tabuleta, despiram-se e nadaram para a outra margem!


NOVO DESAFIO MINI

E para os “detectives” sararem as feridas do falhanço do problema anterior, aqui vai mais um, com um alerta especial: Leiam (também) nas entrelinhas!
Ora prestem atenção:

O Zeca chegou à ponte e leu: Passagem proibida a mais de 100 quilos!
Pensou: Peso 80, sobram 20, estou seguro!
Enquanto saía da água gelada, ainda fazia contas…
Onde raio falhei, se mais ninguém entrou na ponte e não engordei?

É o que pretendemos saber com mais esta brincadeira, que também persegue o objectivo primordial do Policiário: Pôr as “células cinzentas” a carburar em pleno…






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