SOLUCIONADO
O CRIME NA BIBLIOTECA
Percorremos
hoje mais uma etapa da grande maratona que é a nossa competição anual mais
importante, ou seja, o campeonato nacional, com a publicação das soluções
oficiais dos dois desafios que integraram a prova n.º 4.
Tratando-se
de uma prova de resistência e de regularidade, é exigida aos nossos
“detectives” uma grande disponibilidade para estarem sempre atentos e
concentrados. Por outro lado, para aqueles confrades que têm como meta a conquista
da taça de Portugal, à exigência de somarem a totalidade dos pontos ainda se
adiciona a necessidade de elaborarem soluções que sejam distintivas em relação
à concorrência directa, para que possam ir superando as eliminatórias.
Entretanto,
vamos dar resposta ao problema mini que publicámos na nossa secção n.º 1235 e
que pôs muitos dos nossos “detectives” à beira de um ataque de nervos e
aproveitar a ocasião para deixarmos um novo desafio mini!
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL- 2015
SOLUÇÕES
DA PROVA N.º 4
PARTE
I – “CRIME NA BIBLIOTECA” de PAULO
As declarações de Donzília não se ajustam aos factos pelo que
provavelmente será a assassina.
1-
Donzília diz que abriu a porta da biblioteca.
Não sendo previsível que usasse luvas, por ser um quente dia de verão, teria
deixado impressões na porta. No entanto não existem impressões no puxador.
Cláudio não deveria deixar impressões digitais pois encontrou a porta
aberta e não precisou de mexer no puxador.
2-
Tendo Donzília visto o marido morto, e
trazendo um livro na mão, foi primeiro arrumar o livro na estante. Estranho
comportamento, nada adequado a quem acaba de encontrara o cadáver da pessoa com
quem estava em casa, com indícios de ter sido assassinado.
3-
Donzília terá, por motivos não explícitos,
assassinado Leonardo. Apesar de planear a acção, atribuindo o crime a um
estranho que teria limpo as suas impressões digitais, esqueceu-se que para
abrir a porta teria que deixar as suas no respectivo fecho.
Ao fazer limpeza demonstrou que não entrou na biblioteca da forma como
descreveu.
4-
Como era boa atiradora, não teve dificuldade
em disparar e teve mais de duas horas para fazer desaparecer a arma, num
qualquer local longe de casa.
5-
Perto da hora em que sabia que o sobrinho
regressaria, aguardou junto da biblioteca, tendo antes escolhido o título de um
dos livros das estantes para justificar alguma ocupação na piscina.
6-
Seria possível não ouvir o tiro. Bastaria
estar a dormir, e o local e a hora a isso se proporcionavam, e ficaria
justificado o facto, pelo que esse não seria um factor que a incriminaria.
7-
Temos assim um facto objectivo na sua
incriminação: ausência de impressões digitais dela no fecho da porta da
biblioteca, e um facto subjectivo: A estranheza de ter a serenidade de arrumar
o livro no seu lugar, quando encontrou Leonardo morto.
PARTE
II - “D.PAYO QUE ESTÁS NO CÉU” , de A. RAPOSO & LENA
A
resposta certa é a que D. Payo está inocente.
D.
Payo foi contemporâneo do Mestre de Avis – seculo XIV.
Mariana
viveu no seculo XVIII.
Não
era possível a D. Payo estar presente em Beja no tempo da freira Mariana
Alcoforado.
PROBLEMA MINI
Na nossa edição
n.º 1235, publicada no dia 5 de Abril, lançámos um pequeno desafio aos nossos
“detectives”, que mereceu alguma atenção e também discussão.
O pequeno problema
rezava assim:
“Chamavam-no
ORGANAMINO e à beira do rio, parou.
Precisava
de atravessar mas era fundo e a barcaça não estava.
Espetada
no chão, uma tabuleta rodeada de roupa, indicava: XPTO.
Conseguiu
chegar a tempo ao seu destino! Porquê?”
As
propostas de solução apresentadas foram de uma diversidade completamente
inesperada! Desde confrades que se debruçaram sobre a criptografia e procuraram
uma relação entre o nome do personagem e as letras da tabuleta, até outros que
andaram pelo “Google” em busca de “ORG”, de “ORGANA”, “AMINO” e ouras
composições onde pudessem depois encaixar o “XPTO” da tabuleta…
Foram
trabalhos de muita imaginação e, sobretudo, de muita busca e cansaço, que
agradecemos e reconhecemos.
Mas
a solução era muito mais simples e estava baseada, como seria lógico, pensamos,
apenas no letreiro. O nome não podia estar relacionado com a solução, uma vez
que, como se dava a entender, este personagem chegou ao seu destino, no outro
lado do rio, tal como terão chegado os proprietários da roupa que estava ao
redor da tabuleta. Portanto, teria de ser aí que a procura de solução deveria
ocorrer.
Ora
bem, “XPTO” é algo que modernamente se associa a boa qualidade, a bom nível, do
género “fulano comprou um carro todo XPTO”, mas que, na realidade não passa de
quatro símbolos, letras e eventualmente algarismo.
X –
Poderia ser a letra do alfabeto, simplesmente uma cruz ou um número romano.
Aqui será a numeração romana equivalente a “dez”;
P –
Letra “PÊ”;
T –
Letra “TÊ”;
O –
Letra “Ó” ou número “ZERO”, equivalente a “NADA”.
Temos,
pois DEZ-PE-TE-NADA, ou seja, DESPE-TE NADA.
Foi
o que o nosso personagem fez e o que fizeram todos os outros que o antecederam,
seguiram a indicação da tabuleta, despiram-se e nadaram para a outra margem!
NOVO
DESAFIO MINI
E
para os “detectives” sararem as feridas do falhanço do problema anterior, aqui
vai mais um, com um alerta especial: Leiam (também) nas entrelinhas!
Ora
prestem atenção:
O
Zeca chegou à ponte e leu: Passagem proibida a mais de 100 quilos!
Pensou:
Peso 80, sobram 20, estou seguro!
Enquanto
saía da água gelada, ainda fazia contas…
Onde
raio falhei, se mais ninguém entrou na ponte e não engordei?
É o
que pretendemos saber com mais esta brincadeira, que também persegue o
objectivo primordial do Policiário: Pôr as “células cinzentas” a carburar em
pleno…
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