(Diário
Popular # 5296 – 06.07.1957)
-
Não sei como entrou o malfeitor. – disse Georges Panel - Deve ter-me ouvido chegar, porque quando me
ajoelhei para olhar pelo buraco da fechadura do escritório (não havia chave),
vi-o imóvel, diante do cofre, a trinta centímetros de mim. Pensando que ele
estivesse armado, não me atrevi a entrar e retirei-me, na ponta dos pés, para a
sala de jantar, deixando a porta ligeiramente aberta.
-
O vestíbulo que atravessou estava iluminado? – perguntou o Inspector Fauvel.
-
Sim – respondeu Panel – mas há um interruptor do lado de fora do escritório que
acende e apaga as luzes do vestíbulo. O ladrão deu a volta a esse interruptor,
impedindo-me assim de o ver.
E
Panel acrescentou:
-
O meu tio encontrava-se ausente, os criados estavam deitados e eu não ousei
seguir o gatuno. Logo que ele saiu, fechando a porta da entrada, telefonei à
Polícia. Depois, entrei no escritório e vi que o cofre-forte estava aberto…
-
Havia luz no escritório, nessa altura?
-
Sim.
-
E o ladrão fechou a porta ao sair?
-
Exactamente.
-
Que havia no cofre?
-
Não…sei. Meu tio não me tem a par dos seus negócios e…
-
O senhor fala e age como um homem inteligente. – interrompeu Fauvel. – Tem a
certeza de me ter contado os factos tal como se passaram?
-
Certamente. Acaso duvida de mim, Inspector?
-
Tenho motivos para duvidar. – foi a resposta.
Que motivos eram esses?
(Divulgaremos amanhã, a solução
oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema # 163
(Diário Popular #
5289 – 29.06.1957)
O Inspector Fauvel sabia que
Luís mentia. A terra agarrada aos pneus do carro era vermelha. Isso demonstrava
que Clemente dissera a verdade, pois, de contrário, os sinais de argila
vermelha teriam desaparecido sob a lama negra da estrada onde o cadáver de
Pedro fora encontrado, para os lados de Bad
Jarturice-164 (Divulgada em 14.Junho.2015)
APRESENTAÇÃO
E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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