quinta-feira, 18 de junho de 2015

JARTURICE 168

                                          
                       PROBLEMAS POLICIAIS – 171 - # 168 
 (Diário Popular # 5324 – 03.08.1957)
                                                                                            
         O Inspector Fauvel ergueu, com precaução, a cabeça do morto e tirou, com cuidado, a folha dactilografada, sobre a qual repousava, ao lado da máquina de escrever. Leu atentamente o que estava escrito no papel, e em particular, o último parágrafo:
         «Noel Marchand acaba de me chamar ao telefone. A explicação tão esperada vai, enfim, chegar. Não estou disposto a deixar-me dominar. Ao menor gesto, não hesitarei em defender-me. Sei que ele é violento, mas não tenho medo. Creio que já chegou. Ouço passos no corredor».
         A carta não dizia mais.
A bala penetrou no coração – disse o médico legista, que, entretanto, examinara o cadáver. A morte deve ter sido instantânea.
Sabia-se que o morto, Georges Brun, se entregava a negócios irregulares. Mas tivera sempre o cuidado de proceder de modo que não caísse sob a alçada da lei.
Desta vez, fora vítima de alguém que não quisera aceitar as suas manigâncias. Mas quem?
- Paira neste quarto um vago perfume – disse o inspector Fauvel, voltando-se para o seu adjunto.
- É verdade. – respondeu este. – Mas de quem será?
Mais uma vez, Fauvel lançou um olhar em volta. Observou que Georges Brun estava sentado, no escritório, precisamente no eixo da única porta que dava acesso ao compartimento. Dava as costas à janela, que se encontrava fechada.
- É certamente um perfume caro – continuou o inspector, seguindo o fio da sua ideia.
- Mais um crime desastrado. Porque, na verdade, admitindo que Noel Marchand tivesse vindo aqui, ele nunca poderia ter assassinado Georges Brun.
O adjunto do inspector franziu os sobrolhos. Acreditava que o crime tinha uma visível assinatura. 

Porque se recusaria Fauvel a admitir que Noel Marchand era o culpado?

     (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)


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Solução do problema # 167
(Diário Popular # 5317 – 27.07.1957)        

Henry Leblanc reconheceu logo Josiane (que nunca vira antes) através de uma fotografia tirada num baile de estudantes, onde ela não teria por certo aparecido de grandes óculos de sol e lenço na cabeça. Ora, Leblanc só vira Josiane (afirmava ele) estando ela de óculos escuros e lenço na cabeça.
Qualquer identificação, nestas condições, teria sido impossível. 

Jarturice-168 (Divulgada em 18.Junho.2015)





APRESENTAÇÃO
 E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt


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