(Diário Popular # 5214 – 13.04.1957)
Os convidados do professor Fordney
estavam de ânimo alegre. Sentados em redor da comprida mesa, em frente do fogão
de sala, trocavam gracejos acerca de uma das suas famosas frituras de peixe,
que ele próprio cozinhava.
Eufrates
Dalyrumple disse:
- Que tal,
Fordney, se nos apresentasse um dos seus enigmas?
- Com o maior
prazer, meu velho. – replicou o professor.
Pensou durante
um momento e, depois começou:
- Bem, aqui está
um que é velho, mas notável. Pertence aquele pequeno grupo de enigmas que toda
a gente percebe perfeitamente quando são desvendados, mas que a maioria das
pessoas não atina, por mais que tente, em tornar a explicar, logo a seguir.
Vejamos como vocês se portam…
Prosseguiu:
- Ora então, eu
vou vendar-vos os olhos aos três, Dalyrumple, Etherl e Graham. Depois, marcarei
as vossas testas com um sinal vermelho ou preto.
Vendou-lhes os
olhos e marcou-lhes as testas com um sinal vermelho ou preto. Depois continuou:
- No momento em
que eu retirar as vendas dos vossos olhos, os que virem marcas vermelhas num ou
em ambos os outros, deve começar a assobiar. Mas, se algum de vós estiver
convencido de que tem na testa uma marca vermelha, deverá suspender o assobio:
Não devem olhar
para o espelho, mas saber (e não adivinhar) por um raciocínio lógico, que na
vossa testa há uma marca vermelha, qwuando deixarem de assobiar. Entendido?
Disseram que
sim. Retiradas as vendas, os três começaram a assobiar. Momentos depois, o
velho Dalyrumple suspendeu o assobio:
A pergunta é:
Como
soube Dalyrumple, por meio de raciocínio lógico, que tinha uma marca vermelha
na testa?
(Divulgaremos amanhã, a
solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 154
(Diário
Popular # 5207 – 06.04.1957)
O pé de Carolina
encontrava-se no estribo do lado do volante e, todavia, a porta estava fechada,
visto que Fordney a abriu. Isto foi suficiente para provar que Daly mentia. Mais
tarde ele próprio confessou que tinha assassinado Carolina, quando se
encontraram na estrada, porque ela lhe tinha devolvido o anel de noivado.
Ele tornara a colocar o anel,
arranhando o dedo da rapariga ao fazê-lo. Colocara, depois, o cadáver na
posição em que calculava que ela teria caído, se tivesse sido alvejada ao sair
do automóvel. Devido à pressa e ao pânico de que estava possuído (nenhum assassino
se encontra em estado absolutamente normal quando comete um crime), fechou a
porta do automóvel.
Jarturice-155 (Divulgada
em 05.Junho.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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