sexta-feira, 19 de junho de 2015

JARTURICE 169

                                           
                           PROBLEMAS POLICIAIS – 172 - # 169

              (Diário Popular # 5331 – 10.08.1957)               
Depois de examinar o corpo de Lawrenc Grafton, estendido no centro da sala de estar, Fordney ergueu-se. Coisa estranha: a frase «Estamos no meio da vida…!» não cessava de lhe martelar na cabeça. Com um aceno, interrogou Ben Conrad, que se mantinha de pé, a seu lado.
         «Há coisa de uma hora». – disse Conrad, que era sócio de Grafton - «Lawrence telefonou-me, pedindo para cá vir. Disse-me que me apressasse, pois o assunto era importante. Quando cheguei, ofereceu-me de beber, mas como os criados tinham saído, foi ele mesmo à cave, buscar uma garrafa de aguardente velha. Poucos minutos depois, voltou, trazendo dois cálices de aguardente. «Ben – disse-me ele – vou-me embora. A polícia desconfia de que estou metido na burla de Tiden, e anda a brincar comigo como o gato brinca com o rato. Tenho os nervos arrasados!

         «Depois, Lawrence voltou-se, foi colocar-se em frente do retrato do avô, que estava pendurado naquela parede, ergueu o copo, pôs-se a rir como um demente, e bradou: Temos isto no sangue, avozinho!». – Levou o copo aos lábios, bebeu um largo trago e desabou no chão. Como sabe, o velho Randolph suicidou-se.»
         Fordney dirigiu-se à biblioteca, para telefonar. Encontrou então, ainda metida na máquina de escrever portátil, uma confissão quase completa da intenção que Grafton formara de se suicidar.
         Voltando à sala de estar, examinou minuciosamente o retrato de Randolph. Sobre uma mesa, por baixo do retrato, havia um copo, que Fordney indicou, perguntando:
- É seu?»
- Não; esse copo é o de Lawrence» - respondeu Conrad. «O… o meu… parece-me que o levei para a cozinha».
O Professor inclinou o copo: no fundo, havia ainda um resto de aguardente envenenada.
- Tocou em algum dos objectos que se encontram nesta sala?»
- Não, não toquei em nada».
- Você – disse Fordney – perdeu a cabeça depois de ter envenenado Grafton, não é verdade, Conrad?»

         Porque suspeitava Fordney de que Conrad envenenara Grafton?

        (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)


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Solução do problema # 168
(Diário Popular # 5324 – 03.08.1957)

Se Georges Brun tivesse sido morto enquanto escrevia a sua carta à máquina, não teria podido retirar a folha, visto que a morte fora imediata. O assassino dactilografara a carta e procurara incriminar Marchand.


Jarturice-169 (Divulgada em 19.Junho.2015)


APRESENTAÇÃO
E
DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt





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