Caros Amigos:
Eis aqui mais uma Jarturice, a penúltima capicua.
Quanto às frases opinativas, expressas em "SETE" palavras, sobre este "serviço social";
já cá chegaram duas, e a promessa duma terceira, que teria sido a primeira, se em vez de prometida fosse nas teclas batida.
Bom fim de semana para todos, com um abraço do
Jartur
PROBLEMAS POLICIAIS – 215 - # 212
(Diário Popular # 5709 – 30.08.1958)
- Não há dúvida.
– respondeu o inspector Fauvel ao juiz de instrução, que lhe estendia uma
carta. E ao ler esta, Fauvel acrescentou:
-
Muito bem: por aqui se prova que uma certa hostilidade separava, há algum
tempo, André Gerber e Marc Broce. Gerber chegou mesmo a proferir ameaças contra
o seu rival. E este último foi encontrado apunhalado, perto da sua quinta,
ontem de manhã, domingo…
-
Nós fizemos incidir imediatamente as nossas suspeitas sobre Gerber – disse o
magistrado. Mas o certo é que ele possui um excelente álibi. À hora provável do
crime, isto é, no sábado à noite, por volta das 19 e 30, ele encontrava-se a
mais de três quilómetros do local. Tinha ido examinar um carregamento de
madeira que tencionava adquirir, e voltou pelo mesmo caminho. Se isto se confirmar,
nada temos contra ele.
-
De acordo. – replicou o inspector Fauvel. Mas, mesmo assim, em mandei tirar os
moldes das suas pegadas sobre a terra húmida e mole do caminho que ele
percorreu. Comparei essas pegadas com os sapatos de Gerber, e verifiquei serem
idênticas. Trata-se dum par de sapatos novos por ele estreados no sábado à
tarde. De resto, a criada dele é formal: ela notou os sapatos novos do patrão
no momento em que este ia sair de casa; e, no dia seguinte, de manhã, teve que
limpar os mesmos sapatos, que estavam sujos de lama.
Contudo,
um criado da quinta afirma ter visto o seu patrão ao pé do rio, quer dizer, num
local diametralmente oposto àquele em que ele devia encontrar-se segundo as
suas explicações!
-
Em resumo, senhor juiz, nós não temos senão uma coisa a fazer: descobrir o
comerciante que vendeu a Gerber os seus sapatos novos!
-
Mas, porquê? – interrogou o magistrado.
-
Estou convencido, - replicou o Inspector Fauvel, com um brilho de malícia nos
olhos – que Gerber matou Broce. Mas preparou bem o golpe…
Em que pensava o inspector Fauvel para falar assim?
(Divulgaremos
amanhã, a solução oficial deste caso)
* * *
* *
Solução do problema
# 211
(Diário
Popular # 5695 – 16.08.1958)
O inspector Fauvel concluíra que se tratava de um crime. Pende,
efectivamente, era um homem muito amigo da família. Por isso, se tivesse
decidido suicidar-se teria deitado o veneno só no seu copo e não numa garrafa
que em seguida iria guardar no frigorífico. Efectivamente, ao colocar a garrafa
nesse local, corria o risco de envenenar toda a família. E isso, um homem que
gosta muito da família, não o faria. Trata-se, portanto, de um crime.
Jarturice-212
(Divulgada em 01.Agosto.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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