sábado, 1 de agosto de 2015

JARTURICE 212

Caros Amigos:
Eis aqui mais uma Jarturice, a penúltima capicua.
Quanto às frases opinativas, expressas em "SETE" palavras, sobre este "serviço social";
já cá chegaram duas, e a promessa duma terceira, que teria sido a primeira, se em vez de prometida fosse nas teclas batida.
Bom fim de semana para todos, com um abraço do
Jartur
              PROBLEMAS POLICIAIS – 215 - # 212
         (Diário Popular # 5709 – 30.08.1958)
                                                                                    
- Um caso singular, não é verdade inspector?
- Não há dúvida. – respondeu o inspector Fauvel ao juiz de instrução, que lhe estendia uma carta. E ao ler esta, Fauvel acrescentou:
         - Muito bem: por aqui se prova que uma certa hostilidade separava, há algum tempo, André Gerber e Marc Broce. Gerber chegou mesmo a proferir ameaças contra o seu rival. E este último foi encontrado apunhalado, perto da sua quinta, ontem de manhã, domingo…
         - Nós fizemos incidir imediatamente as nossas suspeitas sobre Gerber – disse o magistrado. Mas o certo é que ele possui um excelente álibi. À hora provável do crime, isto é, no sábado à noite, por volta das 19 e 30, ele encontrava-se a mais de três quilómetros do local. Tinha ido examinar um carregamento de madeira que tencionava adquirir, e voltou pelo mesmo caminho. Se isto se confirmar, nada temos contra ele.
         - De acordo. – replicou o inspector Fauvel. Mas, mesmo assim, em mandei tirar os moldes das suas pegadas sobre a terra húmida e mole do caminho que ele percorreu. Comparei essas pegadas com os sapatos de Gerber, e verifiquei serem idênticas. Trata-se dum par de sapatos novos por ele estreados no sábado à tarde. De resto, a criada dele é formal: ela notou os sapatos novos do patrão no momento em que este ia sair de casa; e, no dia seguinte, de manhã, teve que limpar os mesmos sapatos, que estavam sujos de lama.
         Contudo, um criado da quinta afirma ter visto o seu patrão ao pé do rio, quer dizer, num local diametralmente oposto àquele em que ele devia encontrar-se segundo as suas explicações!
         - Em resumo, senhor juiz, nós não temos senão uma coisa a fazer: descobrir o comerciante que vendeu a Gerber os seus sapatos novos!
         - Mas, porquê? – interrogou o magistrado.
         - Estou convencido, - replicou o Inspector Fauvel, com um brilho de malícia nos olhos – que Gerber matou Broce. Mas preparou bem o golpe…

         Em que pensava o inspector Fauvel para falar assim?
    
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)
 
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Solução do problema # 211
(Diário Popular # 5695 – 16.08.1958)

O inspector Fauvel concluíra que se tratava de um crime. Pende, efectivamente, era um homem muito amigo da família. Por isso, se tivesse decidido suicidar-se teria deitado o veneno só no seu copo e não numa garrafa que em seguida iria guardar no frigorífico. Efectivamente, ao colocar a garrafa nesse local, corria o risco de envenenar toda a família. E isso, um homem que gosta muito da família, não o faria. Trata-se, portanto, de um crime.

Jarturice-212 (Divulgada em 01.Agosto.2015)




APRESENTAÇÃO DIVULGAÇÃO

DE:  J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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