segunda-feira, 24 de agosto de 2015

JARTURICE 235

                       
             PROBLEMAS POLICIAIS – 238 - # 235
  (Diário Popular # 5886 – 28.02.1959)
                                                         
       O morto segurava na mão esquerda o ás de espadas, o seu braço direito estava pendente e, no chão, via-se um revólver.
O inspector Fauvel examinou o corpo de Thomas Marton, que tinha a cabeça e o busto tombados sobre a mesa de bridge. As cartas estavam espalhadas.
Fauvel levantou a cabeça de Marton e nela viu, um pouco acima da fonte direita, um buraco ensanguentado.

Logo que se fizeram as fotografias e o corpo foi levado, o inspector sentou-se na cadeira de Marton e notou que a extremidade da mesa apresentava, por sua vez, marcas de sangue. Silenciosamente, ele estudou a disposição das cartas, enquanto o sargento Cargo olhava com impaciência. A dama de copas estava, também, manchada de sangue.

Marton, que vivia sòzinho numa moradia, tinha sido descoberto por um velho amigo seu, às 21 e 30. A porta não estava fechada à chave e as persianas estavam subidas.

O inspector ajoelhou-se e deu uma volta pela sala, não encontrando, porém, o que esperava. Dirigiu-se, então, à cozinha, fazendo sinal ao amigo de Marton para o seguir, e Cargo acompanhou-os, bocejando…

«Isto aqui está como quando cá chegou?» - perguntou Fauvel designando a banca seca.

«Não sei, porque não entrei na cozinha» - respondeu o amigo de Marton.

«Conhece algumas razões pelas quais Marton teria podido suicidar-se?».

«Pelo menos cinco».

À pergunta seguinte, formulada pelo inspector, o interpolado respondeu:

«Não sei onde ele o guardava, quando o utilizava. Porquê?»

«Porque» - acentuou Fauvel - «Marton não se suicidou. Foi assassinado e, depois, colocado tal como o descobrimos».

Como soube Fauvel que não se tratava de um suicídio?

(Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

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Solução do problema # 234
(Diário Popular # 5879 – 21.02.1959)

Se Helena Goret estivesse deitada no divã, a ler, quando foi apunhalada, como a criada dizia, não haveria manchas de sangue no meio do divã, que estaria coberto pelo corpo da morta.

 Jarturice-235 (Divulgada em 24.Agosto.2015)

APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

   

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