quinta-feira, 27 de agosto de 2015

JARTURICE 238

             
       PROBLEMAS POLICIAIS – 241 - # 238
(Diário Popular # 5907 – 21.03.1959)
         Pierre Duroc, o comandante do cruzador «L’Indomptable» mostrava-se imperturbável, enquanto o seu navio saía lentamente da baía para mergulhar no espesso nevoeiro do mar.
Na camarata dos oficiais, pairava um ar de mistério: ninguém, nem mesmo eles, sabiam o destino para o qual o almirante da esquadra enviava o navio. O comandante navegava sob ordens secretas que tinha recebido numa simples folha de papel antes da partida. Mas nem ele nem o Estado-Maior do almirante, que se encontrava também a bordo do cruzador, tinham posto ao corrente quem quer que fosse.
O ajudante de campo do almirante e o inspector Fauvel estavam sentados no salão.
- Não gostaria de saber qual o porto para que nos dirigimos, inspector? – perguntou o oficial.
- Estou ansioso por sabê-lo – disse Fauvel sorrindo.
O oficial riu por sua vez:
- Parece-me que é a primeira vez, desde há muitos anos, que o inspector não consegue desvendar um mistério. E, dizendo isto, estendeu a Fauvel a folha de papel que continha as ordens secretas, acentuando:
- Está aqui indicado o nosso destino, e o almirante disse-me que lhe pagava um a caixa de charutos, se conseguisse descobrir o nome da cidade para onde nos dirigimos. Devo dizer-lhe ainda que, não sendo nenhum dos que se indicam nesse papel, neles se contém, afinal, a chave do enigma. Quer tentar?
Ao pegar no papel, Fauvel viu que os nomes das cidades nele indicados eram os seguintes. MADRID – CLERMOND – AGEN – BEIRUT – BRISTOL.
E, volvidos alguns minutos, exclamou:
- Dê cá os charutos!
E indicou o nome do porto de destino.

Qual era ele?

 (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

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Solução do problema # 237
(Diário Popular # 5900 – 14.03.1959)

O criado tinha encontrado a porta envidraçada do estúdio escancarada, às 6 e 30. E o inspector fechou-a às 6 e 50. Uma hora e quinze minutos mais tarde, quer dizer, às 8 e 5, as rosas saídas da estufa conservavam ainda toda a sua frescura e perfume. Isto bastou para convencer o inspector de que alguém da casa tinha roubado as prendas e feito parar o relógio, atirando-o em seguida ao chão: e, após ter deixado sinais de arrombamento na porta do estúdio, deixara o local, alguns minutos somente antes das6 e 30, por saber que o criado não tardaria a chegar. Ora, se a porta tivesse ficado aberta entre as 3 e 20 e as 6 e 50, as rosas saídas da estufa teriam murchado, batidas como seriam pelo vento glacial que durante todo aquele tempo sopraria no compartimento. O ladrão tinha, portanto, operado do interior. 

Jarturice-238 (Divulgada em 27.Agosto.2015)

APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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