(Diário
Popular # 5852 – 24.01.1959)
Lançado na pista dos ladrões de
um importante lote de pedras preciosas e de muitas notas de Banco, o inspector
Fauvel, sob o disfarce de um autor excêntrico, tinha alugado uma pequena
vivenda numa aldeia de Corrèze. Porque a pista levava-o até ali, mas cessava
bruscamente naquele ponto.
No Bar do
Comércio, o inspector Fauvel, surpreendeu uma conversa entre dois homens, um
dos quais, chamado François Tharot, o intrigou pelas suas bazófias. Fingindo-se
embriagado, o inspector Fauvel meteu conversa com Tharot, e soube assim que ele
era agricultor nos arredores. O outro, criando confiança, acabou por revelar ao
polícia alguns dias mais tarde, um facto que este iria explorar. Com um ar
misterioso, uma noite, Tharot mostrara um mapa da região e assinalara um ponto
nos arredores. Era ali, dizia o agricultor, que um dos seus bons amigos tinha
escondido um tesouro. Surpreendera-o quando o fazia. O inspector conseguiu
localizar o local marcado com uma cruz antes que Tharot dobrasse o mapa e o
guardasse cuidadosamente.
O investigador
já não tinha dúvidas: a cruz designava o local onde se encontrava o que ele
procurava. Mas como o tirar de lá? Porque a cruz estava num ponto situado a
meio caminho entre duas grandes pedras, a cinco metros uma da outra, num vasto
campo, a dez quilómetros da localidade. Ora, não era ainda a ocasião de
despertar suspeitas indo pedir auxílio. E de resto o inspector não tinha
qualquer outro utensílio que não fosse uma velha pá, que encontrara na vivenda.
Além disso, ele não se contentava com o produto do roubo: queria, igualmente,
prender os ladrões e em particular
Louis Ardena , seu chefe. Precisava, por
isso, comparecer no local, antes que Tharot, com receio, fosse lá para roubar o
seu amigo ladrão.
Três horas mais
tarde, o inspector Fauvel falava na sua vivenda com o comissário da Polícia
local. Contou-lhe como vira Tharot cavar um buraco com cinco metros de
profundidade, no local indicado no mapa e, depois, afastar-se aparentemente
furioso por nada ter encontrado.
- E, apesar
disso, o inspector está convencido de que o produto de roubo ainda lá está escondido?
– perguntou o comissário.
- Perfeitamente
convencido. O roubo está onde se encontrava. E preparo-me para o demonstrar.
Porque
é que o inspector estava tão confiante?
(Divulgaremos amanhã, a
solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema # 229
(Diário Popular #
5845 – 17.01.1959)
O
inspector Fordney sabia que se alguém pretendesse salvar uma pessoa em perigo
de se afogar não perderia tempo a tirar o relógio de pulso, o alfinete de
gravata e a própria gravata, antes de se atirar à água. Seria uma imensa perda
de tempo. E ele encontrara esses objectos nas algibeiras do morto.
Jarturice-230 (Divulgada em 19.Agosto.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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