quarta-feira, 19 de agosto de 2015

JARTURICE 230

              
         PROBLEMAS POLICIAIS – 233 - # 230
            (Diário Popular # 5852 – 24.01.1959)
     Lançado na pista dos ladrões de um importante lote de pedras preciosas e de muitas notas de Banco, o inspector Fauvel, sob o disfarce de um autor excêntrico, tinha alugado uma pequena vivenda numa aldeia de Corrèze. Porque a pista levava-o até ali, mas cessava bruscamente naquele ponto.
No Bar do Comércio, o inspector Fauvel, surpreendeu uma conversa entre dois homens, um dos quais, chamado François Tharot, o intrigou pelas suas bazófias. Fingindo-se embriagado, o inspector Fauvel meteu conversa com Tharot, e soube assim que ele era agricultor nos arredores. O outro, criando confiança, acabou por revelar ao polícia alguns dias mais tarde, um facto que este iria explorar. Com um ar misterioso, uma noite, Tharot mostrara um mapa da região e assinalara um ponto nos arredores. Era ali, dizia o agricultor, que um dos seus bons amigos tinha escondido um tesouro. Surpreendera-o quando o fazia. O inspector conseguiu localizar o local marcado com uma cruz antes que Tharot dobrasse o mapa e o guardasse cuidadosamente.
O investigador já não tinha dúvidas: a cruz designava o local onde se encontrava o que ele procurava. Mas como o tirar de lá? Porque a cruz estava num ponto situado a meio caminho entre duas grandes pedras, a cinco metros uma da outra, num vasto campo, a dez quilómetros da localidade. Ora, não era ainda a ocasião de despertar suspeitas indo pedir auxílio. E de resto o inspector não tinha qualquer outro utensílio que não fosse uma velha pá, que encontrara na vivenda. Além disso, ele não se contentava com o produto do roubo: queria, igualmente, prender os ladrões e em particular Louis Ardena, seu chefe. Precisava, por isso, comparecer no local, antes que Tharot, com receio, fosse lá para roubar o seu amigo ladrão.
Três horas mais tarde, o inspector Fauvel falava na sua vivenda com o comissário da Polícia local. Contou-lhe como vira Tharot cavar um buraco com cinco metros de profundidade, no local indicado no mapa e, depois, afastar-se aparentemente furioso por nada ter encontrado.
- E, apesar disso, o inspector está convencido de que o produto de roubo ainda lá está escondido? – perguntou o comissário.
- Perfeitamente convencido. O roubo está onde se encontrava. E preparo-me para o demonstrar.

Porque é que o inspector estava tão confiante?

 (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

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Solução do problema # 229
(Diário Popular # 5845 – 17.01.1959)

O inspector Fordney sabia que se alguém pretendesse salvar uma pessoa em perigo de se afogar não perderia tempo a tirar o relógio de pulso, o alfinete de gravata e a própria gravata, antes de se atirar à água. Seria uma imensa perda de tempo. E ele encontrara esses objectos nas algibeiras do morto.

Jarturice-230 (Divulgada em 19.Agosto.2015)






APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt


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