Pois é, caros Amigos. ESTOU EM CHOQUE! Ontem, talvez por evidente premonição, e pelas complicações do envio, parece-me ter olvidado de continuar a contagem regressiva. Se a tivesse feito, diria faltam QUATRO. E hoje faltariam TRÊS!!!!
Mentira! Desastrosa mentira! Enganei-me nas contas, pois fiz a contagem até ao último problema que eu já tinha "editado", isto é, teclado, elaborado o ficheiro, em condições de o fazer seguir.
Mas hoje (ao reflectir na data do problema que vos envio, e tendo em conta que eu logo no primeiro envio, em 31 de Dezembro de 2014, dizia que os PROBLEMAS DO PROFESSOR FORDNEY, foram publicados no «DIÁRIO POPULAR» até 2 de Janeiro de 1960), constatei a grande bronca em que havia caído. O que me alivia um pouco o sabor do tremendo erro, é saber que nenhum de vós me alertou para a incongruência.
Pois é, Amigos! As JARTURICES vão ter para durar! Não terminam na 227... mas sim na 273!
Realmente, as DUZENTAS E VINTE E SETE, como disse lá acima, já estavam, desde há muito, prontas para o envio. Agora, ainda vou ter muito que "teclar" para aprontar as restantes 46.
Quem, de entre vós, não quer "aguentar" até ao fim?!!!
Quem, de entre vós, está a gozar com o meu fracasso?!!!
Abraços, tímidos e envergonhados do
Jartur
(Diário Popular #
5792 – 22.11.1958)
- É terrível! – clamou a
rapariga, cujos olhos avermelhados demonstravam que chorara muito. – Minha tia
deve ter-se enganado na dose do medicamento!
O
inspector Fauvel, diante da enorme cama onde uma mulher idosa dormia o seu
último sono, escutava.
-
Não posso acreditar que ela tenha querido suicidar-se… -
prosseguiu a rapariga. – Minha tia era
uma pessoa alegre. A paralisia que atingira o lado esquerdo afectara um pouco o
seu bom humor nestes últimos tempos. Mas ela estava a recompor-se. Felizmente o
meu braço direito está válido! – Costumava ela dizer. – Assim ainda posso ler…
-
O senhor inspector conhecia-a. Sabe que ela ainda não perdera as esperanças da
cura…
-
Vejo que você não a deixava sem as suas flores preferidas. – disse o inspector
apontando com o dedo uma jarra com rosas, colocada sobre uma mesa, à direita da
cama, e a cerca de um metro desta.
-
Nem sem os seus bombons de que ela tanto gostava… Procurava tornar-lhe a vida
tão agradável quanto possível…
Sempre
silencioso, o inspector Fauvel examinou rapidamente a pequena mesa sobre a qual
se encontravam as flores. Além da jarra e da caixa de bombons, via-se um copo,
uma pequena colher, vários livros e a garrafa que continha o remédio que,
ingerido em dose excessiva, fora fatal.
- Eu não a devia ter deixado sozinha
ontem à noite. Mas ela insistiu em que me devia distrair e fosse ao cinema.
Garantiu-me que tomaria o seu remédio às dez horas, e que até lá ficaria a ler…
À meia-noite, quando regressei, vi a luz apagada e não querendo incomodá-la fui
deitar-me. Esta manhã, vim encontrá-la morta…
O
inspector olhou um traço bem visível na madeira da cama e depois, apontando o
livro aberto que se via sobre a coberta, perguntou:
-
Sabe quando é que sua tia começara a ler este livro?
-
Há dois ou três dias, e já quase o terminara quando eu saí.
-
O quarto estava assim arrumado quando você saiu?
-
Assim mesmo. Mas porque pergunta isso?
-
É que eu gostaria de acreditar em si. Mas sei que me está a mentir!
Porque é que o inspector Fauvel falava assim?
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial
deste caso)
* *
* * *
Solução do problema # 223
(Diário Popular #
5785 – 15.11.1958)
Balde acabava de chegar ao hotel onde, segundo ele dissera, no
último momento lhe ocorrera inscrever-se sob um outro nome. Ora, pouco depois
de sua chegada, Pierrot Balde recebia um telegrama, que o paquete entregara ao
senhor Dellet, ou, pelo menos, àquele que ele julgava chamar-se assim. Balde
mentia, pois o expedidor do telegrama sabia bem que ele usava um falso nome: o
de Dellet.
Jarturice-224 (Divulgada em 13.Agosto.2015)
APRESENTAÇÃO E
DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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