HOMENAGEM
A JARTUR E AO AHPPP
Falar do confrade JARTUR, hoje, é falar do Arquivo Histórico da
Problemística Policiária Portuguesa (AHPPP) e do espectacular trabalho que tem
vindo a desenvolver para que possamos conhecer as nossas origens policiárias.
Tratando-se de um confrade com mais de cinco décadas de Policiário, de que
se assumiu divulgador de excelência, quer na orientação de múltiplos espaços em
jornais e revistas de expressão nacional, quer como decifrador de enigmas, com
variados torneios e prémios conquistados, quer ainda como produtor de
excelentes problemas policiais, torna-se difícil definir os pontos mais altos
de uma vida dedicada ao nosso passatempo.
Talvez por isso mesmo, este nosso confrade nascido em Aveiro e residente na
cidade do Porto, tem marcado sucessivas gerações de policiaristas, mercê do seu
estilo desprovido de qualquer conflitualidade ou arrogância, apesar de possuir
um currículo absolutamente impressionante.
Após muitas décadas de orientação de secções e de participação activa nos
torneios que proliferavam, respondendo aos desafios e elaborando intricados
problemas, que faziam as delícias dos “detectives”, Jartur abraçou um projecto
notável quando, sem quaisquer meios, se lançou na recolha de todos os indícios
da presença de policiário em Portugal, para organizar o AHPPP, não perdendo
nunca de vista o que se vai fazendo em termos da problemística policiária,
fazendo parte da Tertúlia Policiária do Norte e sendo o patrocinador do troféu
“Lupa de Honra”, com que tem distinguido os mais ilustres vultos do nosso
passatempo.
Diariamente, no blogue Crime Público (http://blogs.publico.pt/policiario),
tem o confrade alimentado as JARTURICES, com assinalável êxito.
O Jartur é hoje uma das figuras maiores e mais respeitadas do nosso
“pelotão” policiário, mercê de uma postura que sempre se manifestou equilibrada
e simples. Nunca negou a sua ajuda quando solicitado para produzir um problema
policiário e por isso vamos republicar hoje um dos seus desafios, que viu a luz
do dia no semanário regional “O Almeirinense”, no dia 15 de Julho de 2007, na
secção Mundo dos Passatempos, superiormente orientada pelos “Três Zés”, o Zé
propriamente dito (o de Viseu), o Zé dos Anzóis (o Inspector Aranha, de Santarém)
e o Zé da Vila (o “mestre” M. Constantino, de Almeirim).
VAMPIROS DE PRATA
Um problema de JARTUR
“Vampiros de Prata” era o nome da
heróica esquadrilha que se exibia naquelas manobras militares, efectuadas numa
extensa região montanhosa…
Durante a manhã, no decurso dos exercícios, os aparelhos supersónicos
sulcaram o céu em todas as direcções, desenhando, a velocidades incríveis, as
mais arriscadas acrobacias.
Incapazes de dar valor às suas próprias vidas, os pilotos lamentaram
sinceramente a morte do sargento Barradas, cuja causa foi atribuída à
temeridade dos jovens aviadores.
O corpo caíra da alta pedreira, quase verticalmente, parcialmente
despedaçado, junto à base da elevação de onde se despenhara.
Como é costume fazer-se nestes casos, foi aberto um inquérito para tentar
apurar as causas do sucedido. Com os depoimentos das testemunhas oculares,
elaborou-se o respectivo processo, de modo a encontrar-se a quem (ou a que)
atribuir as responsabilidades do acidente.
O cabo Félix, única pessoa que no momento do desastre se encontrava próximo
do sargento Barradas, afirmara aos inquiridores:
– Nós estávamos a planear o itinerário para o exercício da tarde, quando
ouvi o ruído dos jactos. Voltei-me imediatamente e, ao aperceber-me de que eles
vinham na nossa direcção, no máximo da velocidade e a pequena altura, atirei-me
ao solo, gritando ao sargento que fizesse o mesmo. Ele, porém, não deve ter
ouvido a minha advertência e… foi projectado no abismo...
Por sua vez, o major J. Ramos, comandante da esquadrilha, declarara:
– Efectivamente, nós picámos várias vezes, na velocidade máxima, sobre o
sítio da pedreira, mas retomávamos altura sempre no momento conveniente, de
modo a não fazer perigar a nossa própria vida ou a de qualquer pessoa que se
encontrasse no solo. É muito estranho, pois, que o militar possa ter sido
projectado pelo sopro de algum dos nossos aparelhos…
Quinze dias depois, em Tribunal Militar, foi o caso dado por
encerrado, tendo-se concluído que…
Pois é, o confrade
Jartur interrompeu a sua narrativa neste ponto e lançou o desafio a todos os
leitores. É também o que vamos fazer, neste tempo de férias para alguns
confrades e prenúncio das mesmas para outros, convidando todos os nossos
leitores a desafiarem-se a si próprios e darem uma solução a este problema.
Em brece, aqui teremos o
confrade Jartur a dar a solução…
AGRADECIMENTO
DA TPL
Recebemos
da Tertúlia Policiária da Liberdade (TPL) palavras de agradecimento pela
homenagem que nestas páginas foi levada a cabo, na nossa edição 1251, de 26 de
Julho passado.
Como
é óbvio, a justeza da homenagem que aqui fizemos é por demais reconhecida por
todos os confrades, tendo sido muitos os comentários aprovadores que recebemos.
Na verdade, a TPL tem assumido o papel principal de uma das vertentes mais
queridas e praticadas pelo Sete de Espadas, que é a do Convívio Policiário.
Registamos
e partilhamos com os nossos leitores o texto que nos foi remetido:
“Agradecimento
da Tertúlia Policiária da Liberdade
Como membros da Tertúlia Policiária
da Liberdade (TPL) lemos com prazer, na secção Policiário do Público de 26 de
Julho de 2015, as palavras muito amáveis de Luís Pessoa sobre a actividade da
TPL. Gostámos, como é natural, de ver apreciadas positivamente as acções desenvolvidas,
as quais tendo sido sempre levadas a efeito com muita alegria, foram-no,
também, com bastante empenho.
A verdade, contudo, é que, na TPL,
temos a impressão de que somos mais devedores da generalidade dos nossos
confrades, sempre dispostos a colaborar naquilo que nos passa pela cabeça e
animar-nos com a sua jovial presença, do que os confrades são de nós.
Também não é menos verdade que sem a
página Policiário do jornal Público, de que Luís Pessoa é o orientador, a TPL
não seria aquilo que é. Esta secção semanal constitui, sem dúvida, um
extraordinário elemento congregador de policiaristas. E a TPL muito beneficia
disso.
Resumindo, sem vós, caros confrades,
e sem a página do Público, pouco valeríamos. Só temos que agradecer a festa que
nos permitem fazer convosco. TPL”
2 comentários:
Duas homenagens bem merecidas a que acrescento a minha homenagem ao Luís Pessoa por manter este espírito tão vivo
Ricardo Tó
Merecidíssima homenagem!!!
Abraços
Zé
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