(Diário Popular # 4204 – 19.06.1954)
«Nunca
esperei voltar vivo. O dia estava claro mas fazia um frio horrível, quando eu e
o Franh Hayes partimos para o nosso acampamento no Circulo Polar Ártico,
naquela manhã de 8 de Setembro de 1932. Três dias depois, no dia onze, um vento
gelado, devastador, desabou sobre nós… Nunca sofri tanto como nessa ocasião.
Ainda não tínhamos percorrido duas milhas quando Hayes deu uma queda tremenda e
ficou estiraçado, imóvel, no meio da planície gelada. A muito custo, consegui
armar uma tenda e levá-lo para lá. Mas Hayes bem sabia que estava ferido de
morte e que pouco tempo lhe restava de vida. E sabendo também quanto eu era
entusiasta pelos seus trabalhos científicos, disse-me querer fazer testamento a
meu favor, para que com a sua fortuna me fosse possível prosseguir no estudo
das suas teorias. Tentei dissuadi-lo dessa ideia mas, como ele insistisse,
pequei numa folha de papel e, com uma caneta de tinta permanente, escrevi o
testamento que ele me ditou. Findo este, Hayes assinou-o e, cerca de uma hora
depois, morria nos meus braços.
«Tive de abater a
tiro dois cães que se encontravam também mortalmente feridos. Os outros, à
excepção de um, tinham fugido durante a tempestade de neve. Portanto, foi-me
impossível trazer o cadáver comigo. O pobre cão que me trouxe mal podia comigo
e com o trenó. Felizmente que a tempestade amainou, pouco depois de Hayes ter
morrido.
(Assinado)
Joseph Dennis
Fordney
pôs a carta de parte e disse:
- Agora, meus senhores, vão dizer-me se o
que se contém nesta carta é verdadeiro ou falso… e porquê, evidentemente!
Vamos, depressa!
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial
deste caso)
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Solução do problema
# 029
Se a história fosse
verdadeira, Stig não poderia saber onde estava o cadáver. Ele próprio dissera
que o vira pela última vez encostado à parede da cabana.
Jarturice-030
(Divulgada em 31.Janeiro.2015)
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