PROBLEMAS POLICIAIS – 25 - # 022
# 4143 – 17.04.1954
Dois
guardas permaneciam à porta do camarim que se fechou, logo que entraram o
Professor, o Inspector Kelley e o Doutor Lyman.
Enquanto
o médico procedia ao exame do cadáver, Kelley interrogava Mantell que passeava
nervosamente pelo camarim.
-
Que azar o meu! – dizia o actor. – Não consigo compreender por que razão,
aquele desgraçado me queria matar. É certo que ele era um bom actor e que o
papel para que fui escolhido podia muito bem ser desempenhado por ele.
Mas que culpa tenho eu de que os
empresários me tenham chamado a mim e não a ele? Eu não podia recusar-me a
desempenhar o papel só para lhe não ferir as susceptibilidades, não lhe parece?
-
Claro, claro. - secundou Kalley – Continue. Como se passaram as coisas?
-
Bem, a porta do camarim estava fechada e eu estava sentado em frente do espelho
a caracterizar-me, para entrar em
cena. De súbito, senti uma bala zunir-me aos ouvidos. Dei um
salto e foi então que vi o Hooper atrás de mim. Atirei-me a ele antes que
tivesse tempo de disparar outro tiro e, durante a luta, a arma caiu para o
chão. Corri a apoderar-me dela, claro. Entretanto, Hooper levantara-se e,
pegando naquele pesado boião de creme, fez menção de mo atirar à cabeça. Num
movimento instintivo, aterrado, premi o gatilho da arma e matei-o. Fi-lo em
legítima defesa, como vêem! Era uma questão de matar ou morrer! Se ele
conseguisse acertar-me com o boião, eu perdia os sentidos e ele depois
liquidava-me. Matei em legítima defesa, não lhes parece?
Fordney,
que ouvira a história sem dizer palavra, comentou:
-
Se as coisas se tivessem passado como você diz, é possível que conseguisse
convencer o tribunal de que agiu em legítima defesa. Mas assim, não há a mínima
esperança!
Porque razão não acreditou Fordney em Mantell?
Divulgaremos amanhã, a
solução oficial deste caso
* *
* * *
Solução do problema # 21
(Diário Popular # 4136 – 10.04.1954)
O
detective Ronson dissera a Fordney que o cadáver tinha estado dentro de água
pelo menos durante quatro dias. Contudo, o corpo que haviam examinado no
Necrotério, tinha a cabeça coberta de sangue. É evidente que, se tivesse estado
dentro de água durante alguns dias, a água teria removido o sangue.
Jarturice-022
(Divulgada em 23.Janeiro.2015)
DIVULGA
E
APRESENTA: JARTUR (Mr AHPPP)
jarturmamede@aeiou.pt
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