Diário Popular #
4191 – 05.06.1954
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Confesso que não percebo. Perguntei-lhe se estaremos perante um assassínio e o
professor respondeu-me que é possível. Perguntei-lhe se pode tratar-se de
suicídio e o professor afirma também que sim. Diz que a vítima podia ter metido
uma bala na cabeça, no temporal direito, com este revolver de calibre 45 e não
deixar quaisquer vestígios de queimadura de pólvora, mas que o tiro não foi
disparado a mais de vinte e oito centímetros. Afinal em que ficamos? Homicídio
ou suicídio?
Fordney
soltou uma risadinha e murmurou apenas: «Claro, claro».
E
continuou a examinar atentamente o cadáver de Andrew Crane.
A
cabeça da vítima estava apoiada sobre a secretária. Andrew Crane tinha na mão
direita um revolver de calibre 45; o dedo indicador estava apoiado no gatilho,
a mão direita na algibeira do casaco. Na têmpora direita do morto, via-se o
orifício causado pela bala mas não se divisavam quaisquer vestígios de pólvora.
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Claro! Claro o quê? – gritou Kelley. – Você afirma que ele podia ter metido uma
bala na cabeça, em ângulo recto, sem deixar vestígios de queimadura de pólvora,
embora isso fosse estranho, mas, não sei porquê, continua a mexer na mão
esquerda do homem! Pergunto-lhe mais uma vez: afinal em que ficamos? Homicídio
ou suicídio?
A resposta, Jim – replicou Fordney, com um
sorriso – está diante dos seus olhos!
De que se tratava, afinal? Homicídio ou suicídio?
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste
caso)
Solução do
problema # 027
É claro que se o cofre caiu
de um segundo andar, os selos deviam encontrar-se espalhados pelo interior e
não «acamados em pequenas pilhas ordenadas», tal como os encontrara.
Impensadamente, Drewery alinhara-os depois de se ter apoderado dos mais valiosos.
Foi esse gesto maquinal que o deitou a perder.
Jarturice-028
(Divulgada em 29.Janeiro.2015
APRESENTA E DIVULGA:
JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt
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