quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

JARTURICE 021

        
                                 PROBLEMAS POLICIAIS – 24 - #21
                                                                                   




                                                # 4136 – 10.04.1954

       
         - Já sabia que o cadáver tinha permanecido dentro de água por alguns dias – disse o detective Ronson, enquanto seguia com o Professor Fordnay para a Morgue, onde ia ser feita a identificação formal do morto.
         - Encontrámo-lo no ponto que o senhor designou como provável – proseguiu ele. – Que espectáculo desagradável! Estava deitado de bruços na lama da margem do rio, com uma ferida na nuca, coberta de sangue. O fato estava encharcado e desbotado como acontece depois de um longo período de imersão. E o rosto! Há-de vê-lo com os seus próprios olhos! Permaneceu dentro de água durante quatro dias, pelo menos. Suponho que seja Butterworth pela descrição que obtive, mas nada apurei pelos documentos encontrados com o cadáver.
         Fordney lançou um olhar inquiridor ao detective, mas nada disse. O táxi parou à porta da Morgue. Na sala de entrada, encontraram uma lacrimosa senhora Butterworth acompanhada pelo irmão. Depois de trocarem algumas palavras com eles, o médico-legista, o Professor e o detective encaminharam-se para a câmara frigorífica onde fora colocado o cadáver, com a cabeça coberta de sangue.
         A senhora Butterworth deitou um olhar relutante ao corpo e gritou:
         - Esse homem não é o Charles!  
         E desmaiou. O irmão confirmou a declaração dela. O cadáver não era, de facto, o Charles Butterworth.
                                                                                  *
         - Embora, neste caso, seja compreensível um erro de identificação, surpreendeu-me no entanto a sua falta de observação, Ronson – disse o Professor, mais tarde. – Aquele cadáver não podia ter estado quatro dias dentro de água.
 
         Por que fez Fordney tal afirmação? 

 (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

*   *   *   *   *



Solução do problema # 20
(Diário Popular # 4129 – 03.04.1954)

        Embora a caligrafia e a ortografia das cartas fossem péssimas, a pontuação era impecável. Fordney concluiu, portanto, que não fora Morrel quem as redigira. Limitara-se a copiá-las de uma minuta feita por uma pessoa mais culta que, embora tivesse, propositadamente, cometido erros ortográficos, não conseguira eximir-se ao hábito de pontuar correctamente. 



 Jarturice-021 (Divulgada em 22.Janeiro.2015)

APRESENTA
E
DIVULGA:  "mr. AHPPP" JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt

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