# 4088 – 20.02.1954
Eis um
novo problema do professor Fordney cujo exclusivo de publicação em Portugal
pertence ao «Diário Popular»:
O quarto estava
desarrumado pela luta. Com uma bala na cabeça, o famoso indiano Haroun Bey
jazia estendido no chão. Ao pé dele, tinha caído um vulgar casacão de «sport»,
o do assassino. Na mão direita do cadáver, estava um botão que Bey lhe
arrancara enquanto lutava pela posse da arma. Ao arrancar o botão na luta,
ficara um rasgão no lado esquerdo do casaco. Depois de matar o indiano, o
assassino começara a passar busca ao quarto mas fora interrompido, talvez
surpreendido, e fugira apressadamente. Tais foram pelo menos as deduções do
professor Fordney.
Teria o
assassino encontrado, aquilo que procurava? Se assim fora, o que seria?
Três pessoas
nessa tarde tinham ido ao hotel em que Bey estava.
Às 19 e 30
horas, visitara-o uma senhora, Ida Petrinelli. Fordney soube que o indiano
tinha revelado ao marido dela, em troca de grande quantia, um segredo que ela
lhe pedira que guardasse cuidadosamente.
Às 20 e 45, fora
ao hotel o advogado James Ross, que estava indicado para ser eleito governador.
Dias antes, o indiano ameaçara-o de tornar público um incidente que lhe
arruinaria a carreira.
Às 21 e 10, John
Hogan visitara o hotel. Por conselho de Bey, tinha empregado todo o seu
dinheiro num negócio duvidoso que derrocara, e perdera tudo. Pobre, doente e
abatido, Hogan jurara vingança.
O professor
Fordney estabeleceu definitivamente que Bey ainda estava vivo às 19 e 30. Só
havia portanto três suspeitos. Todos eles se recusaram a falar; todos negaram
qualquer conhecimento do crime.
Fordney pensou
no caso e deteve um dos suspeitos para averiguações.
Qual
dos três foi preso? E porquê?
* *
* * *
Solução do problema # 013
(Diário Popular # 4081 – 13.02.1954)
Se a arma tivesse estado enterrada na
areia durante quatro meses, o cano não poderia estar reluzente. Para ter um
ascendente sobre Burke, Clara desenterrara a pistola no dia seguinte àquele em que Burque a escondera
na areia. Mais tarde, farta dele mas receosa de que o amante a matasse, Clara
voltara a esconder a arma no mesmo sítio e apressara-se a comunicar à Polícia o
local onde poderiam encontrar a pistola.
(*) Nota do Jartur,
reportada ao problema.
Nas pistolas, não existe
tambor, mas sim carregador.
Tambor é peça de revólver.
Jarturice-013
(Divulgada em 15.Janeiro.2015)
JARTUR
(jarturmamede@aeiou.pt)
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