(Diário Popular #
4027 – 19.12.1953)
Enquanto a tempestade bramia e grandes vagalhões batiam o
pequeno vapor «Dauntlesse», um tiro soou no convés A.
O professor Fordney pôs
de parte o romance policial que tentara inutilmente ler, e saíu apressadamente
da sala de estar.
Quando
chegou ao topo do convés A, viu o
criado Mierson inclinado sobre o cadáver de um homem que fora morto
instantaneamente, a tiro.
Nesse
momento, o céu abriu-se em catadupas, os relâmpagos faiscaram e a tempestade
atingiu o seu auge.
A
cabeça do homem morto apresentava queimaduras de pólvora.
O
capitão Larson e o professor Fordney começaram as investigações pelo
interrogatório dos tripulantes e passageiros, a princípio por aqueles que se
encontravam mais perto do local onde fora encontrada a vítima.
A
primeira testemunha a ser inquirida foi Nathan Cohen que declarou estar a
acabar de escrever uma carta no seu camarote quando ouvira o tiro.
-
Posso ver a carta? – Perguntou o capitão Larson.
Espreitando
por cima do ombro do capitão, Fordney viu a carta, escrita em papel timbrado do
navio, com letra pequena e afectada mas nítida. A missiva parecia dirigida a
uma mulher.
O
camarote seguinte era ocupado por «Miss» Margareth Millswort. Ao ser
interrogada acerca do que fizera durante a hora precedente, «Miss» Millswort
mostrou-se nervosa e excitada, tendo declarado que ficara tão assustada com a
tempestade que, cerca de meia hora antes de ter sido disparado o tiro, fora
para o camarote de seu noivo, James Montgomery, mesmo em frente do seu.
James Montgomery confirmou o depoimento
da noiva, tendo acrescentado que não tinham corrido logo para o convés, porque
seria comprometedor que os vissem sair juntos do mesmo camarote.
Fordney
reparou, entretanto, que havia uma mancha vermelha na gola do roupão de
Montgomery.
Os
depoimentos dos restantes passageiros e da tripulação foram corroborados e
satisfizeram plenamente.
Quem foi que o capitão mandou prender por suspeitas de haver
cometido o crime? E porquê?
(Divulgaremos amanhã a solução
oficial)
* * *
* *
Solução do problema # 005
(Diário Popular # 4020 – 12.12.1953)
Apesar de ninguém ter aparecido nos escritórios do jornal
para receber as respostas ao anúncio, a Carabus fora enviada uma carta que,
respondendo à sua, o convidava para uma entrevista. Como Gerald Kesl, o homem
que deitara o anúncio, se desconhecia na morada indicada, era óbvio tratar-se
de um nome suposto. Carobus respondera ao anúncio a conselho da sua mulher. Por
conseguinte, a única conclusão possível, era que a senhora Carobus informara o
amante, Jack Henwell, de que o marido respondera ao anúncio, tendo o Hemwell
convidado Carobus para a entrevista, no decurso da qual o matou. E porque o
anúncio fora posto com o único objectivo de atrair Carobus a uma emboscada,
Hemwell nem sequer se deu ao trabalho de ir buscar as respostas ao anúncio.
Essa circunstância foi, aliás, o que pôs Fordney na boa pista.
COMPILAÇÃO
ESCRITA
DIVULGAÇÃO DE:
JARTUR (jarturmamede@aeiou.pt)
Ilustríssimos "sherlocks".
Começo por agradecer, aos que já me enviaram, as mensagens de interesse por esta iniciativa,
e as amáveis palavras sobre a sua importância histórica.
Agora, estou mais prático no envio desta matéria, e já tenho oportunidade de dar uma atenta leitura
aos textos tratados. Apercebi-me de que já foram enviadas algumas "gralhas", mas também tenho a
certeza de que todos as avistaram e abateram com a arma de serviço.
Continuem a expressar-se, e aceitem um abraço do amigo.
Jartur
1 comentário:
Parabéns Jartur.
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