domingo, 4 de janeiro de 2015

JARTURICE 002

                                                                                                                    




 


PROBLEMAS POLICIAIS – 5
  (Diário Popular # 4000 – 21.11.1953)
# 002              
Quando o professor ia a entrar na casa de Ole Tenbro, meio destruída pelo fogo, o seu olhar foi atraído pelo rótulo vermelho vivo da lata de tabaco «Viking» que jazia na lama, junto à parede da casa, a menos de um metro das cinzas do que tinham sido os degraus. O professor tirou o rótulo litografado da lata a que estava colado e guardou cada uma das coisas em bolsos diferentes. Tenbro caminhava na frente dele e não notou esse gesto.
- Deve ter sido por causa daquilo. – observou Tenbro, apontando para uma chaminé torcida que se via no chão, junto de um calorífero a óleo. – Parece que a chaminé estava cheia de fuligem.
«Ontem subi o lago e demorei-me algumas horas a ver se apanhava algum peixe por um buraco no gelo. – continuou o fazendeiro, que era solteirão. – Quando voltei, a casa estava transformada numa fogueira. Não tenho telefone. Não me pude aproximar da casa e, como as estradas estavam bloqueadas pelo gelo, não tive outro remédio senão deixar arder tudo. Deitei-me no celeiro e ainda estaria a dormir se o senhor e o «sherif» me não tivessem acordado.
- A casa ainda ardia quando se deitou?
- Sim, ardia furiosamente, mas eu bem sabia que o fogo não poderia atingir o celeiro.
- Durante quanto tempo nevou por aqui? – perguntou o professor, que tinha chegado à localidade apenas na noite anterior.
- Durante dois dias… Parou ontem de manhã…
- E ontem conseguiu apanhar algum peixe?
- Olá! E que belos exemplares! Tenho-os no celeiro.
- Não sei quais são os seus planos…Por enquanto – disse Fordney – mas o senhor mente, Tenbro.

         Como soube o professor que Tenbro lhe havia mentido?
           
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                                 (Divulgaremos amanhã a respectiva solução oficial)

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                                         Solução do problema # 001
Diário Popular # 3993 – 14.11.1953)

Fordney sabia que se Durand tivesse andado de óculos durante as 48 horas que durou a tempestade de areia (conforme ele dizia) as lentes teriam ficado tão riscadas que se tornaria impossível a visão clara através delas. Ora os óculos com que ele se apresentou perante os investigadores estavam límpidos. Portanto, não tinham sido usados durante a tempestade de areia. 







APRESENTADO POR:

JARTUR
(jarturmamede@aeiou.pt)

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