segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

JARTURICE 018

        
                            PROBLEMAS POLICIAIS – 21 - #018
   


          

O professor Fordney terminara o exame do quarto. Nada tendo encontrado de anormal, excepto o cadáver e o sangue derramado no chão e no parapeito da janela, voltou-se para o homem que estava sentado numa cadeira, com ar acabrunhado.
         Em resposta às perguntas do professor, o homem narrou a tragédia:

         - Por diversas vezes durante a noite passada minha mulher acordou em sobressalto ao ouvir ruído lá fora e pediu-me para ir ver o que era. Foi o que fiz, mas não vi coisa alguma e pensei que se tratasse de um «engraçado» a querer assustar-nos.
         «Deitámo-nos era uma hora e, um pouco mais tarde, fui acordado pelo som de qualquer coisa a raspar e uma voz falando baixinho. Logo que os meus olhos se acostumaram à escuridão, divisei um vulto de pé, em frente da janela. Tirei a pistola que guardava debaixo do travesseiro e disparei por duas vezes; depois, saltei da cama e acendi a luz. Fiquei horrorizado ao ver minha mulher estendida no chão… morta. Telefonei ao doutor Willard e depois…
         - Um momento! – interrompeu Fordney. – Qual foi o resultado do exame do cadáver, doutor?
         - Uma das balas atravessou o ombro da vítima e a outra penetrou-lhe pelas costas, atravessou o coração e saiu pelo seio esquerdo. A morte foi praticamente instantânea. – respondeu o médico.
         - Tocou em alguma coisa além do cadáver?
         - Não, senhor.
         - E o senhor, Dandley?
         - Eu?... Apenas no telefone. Depois, como estava muito frio… fui… fui à cave e avivei o fogo na fornalha.
         - E arranjou lenha para se queimar. – comentou Fordney, abrindo a única janela do quarto para deixar entrar o ar. Foi um crime muito estúpido Dandley. Prenda-o, sargento.

         Por que foi que o professor Fordney mandou prender Dandley? 

 (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)
 
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Solução do problema # 017
  (Diário Popular # 4108 – 13.03.1954)

           
       Porque ela mentira. As teias de aranha não ardem.



                                    Jarturice-018 (Divulgada em 19.Janeiro.2015)



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