domingo, 18 de janeiro de 2015

JARTURICE 017

      
                                     PROBLEMAS POLICIAIS – 20 - #017
 


# 4108 – 13.03.1954

        
- Fica junto da porta e se ele não estiver de acordo… Compreendes Suzette?
- Oui, Madame. – replicou a elegante criadita.
                             
- Voltemos para a cidade, por favor, Anthony! – suplicou Ethel Warfield. – Já não posso suportar esta soturna casa de campo. Faz-me calafrios!
         - Não, minha querida. – recusou Anthony Warfield, que estava convalescente de uma grave doença. – Antes de nos casarmos, adoravas esta velha casa. Mas eu sei que achas intolerável agora permanecer por algum tempo separada dos teus «amigos» mundanos, mesmo sabendo o que esta estadia no campo representa para mim. Eu…
         Ouviu-se uma discreta pancada na porta e Suzette entrou.
- Perdão, Madame. Não consigo encontrar o fato de amazona de Madame. - Está no sótão. – esclareceu Ethel. – Vá buscá-lo, por favor.
                                                       
         Que tragédia - pensava Fordney – ver aquela bela casa de campo transformada num montão de tisnadas ruínas!
         - Que deseja, senhor? – inquiriu a criada, que entrara, sem ruído, na estufa onde o professor se encontrava.
         - Conte-me tudo o que se passou com o incêndio – ordenou Fordney, cruzando as pernas.
         - Não há muito a contar. A senhora queria que lhe trouxesse o traje de amazona que estava no sótão. Ali só há coisas velhas e bolorentas. A minha lanterna estava sempre a apagar-se. Servi-me do isqueiro para poder ver alguma coisa. De repente, o isqueiro pegou fogo a uma daquelas enormes teias de aranha. As chamas comunicaram-se a uns papeis velhos e, num instante – pf! – todo o sótão estava em fogo.   
                   - Você teve sorte em escapar ilesa – disse Fordney, observando o cabelo da rapariga.
         - Tenho sempre sorte – retorquiu a criadita, sorrindo.
         Fordney abanou a cabeça:
         - Desta vez, a sorte abandonou-a, Suzette. Será acusada de haver cometido o crime de fogo posto.

 Por que disse Fordney que ela cometera o crime de fogo posto? 

                          (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

* * * *  

Solução do problema # 16
(Diário Popular # 4101 – 06.03.1954)
           
             
A senhora Halstead confessou que era surda. No entanto, declarou que o professor Fordney andava pela sala, cuja porta estava fechada, quando ela descera as escadas. Se fosse surda, não poderia ter ouvido Fordney andar pela biblioteca, como afirmava.
       … Mais tarde, foi condenada pelo assassínio do patrão.
                                      
Jarturice-017 (Divulgada em 18.Janeiro.2015)


APRESENTAÇÃO
E
DIVULGAÇÃO:

JARTUR ("Mr. AHPPP")

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