(Diário Popular # 4053 – 16.01.1954)
Depois de um
fotógrafo da Policia ter obtido uma última fotografia do cadáver da jovem que
jazia estrangulada, entre os arbustos, Fordney tirou-lhe os óculos escuros e o
lenço garrido que lhe cobria os cabelos. Tratava-se de uma morena de rara
beleza. Depois de um exame demorado, Fordney chegou à conclusão de que a
rapariga fora apanhada de surpresa, pelas costas. Os seus bolsos continham
apenas um maço de cigarros, uma carteira de fósforos, um anzol e uma nota de
dólar, pelo que foi impossível identificá-la imediatamente. Só depois de o
cadáver ter sido transportado para o Necrotério, se pôde saber que a vítima era
a professora de dança Shirley Vie.
- Olha! – Exclamou
Harry Talmadge, apontando, excitado, para o jornal da noite. – É a rapariga que
vi esta tarde na praia, a discutir com um «tipo», enquanto eu andava à pesca.
O
companheiro de Talmadge, Joe Morrisey, contemplou o retrato da sorridente
Sherley, que vestia apenas um sumário fato de dançarina.
-
É melhor ires dizer isso à Polícia – aconselhou ele.
-
…São estes os sinais do homem que vi a discutir com a rapariga, na praia. Pelo
que os senhores dizem, ela deve ter sido assassinada pouco depois –concluiu
Harry Talmadge.
-
Assim foi – concordou Fordney. – Ouviu o que eles diziam?
-
Não, mas ele falava alto e com modos ameaçadores.
-
Nunca tinha visto «Miss» Vie?
-
Não, senhor.
-
E estava a pescar muito longe da praia?
-
Estava numa pequena enseada, a umas duzentas milhas.
-
Quando cortou o dedo?
-
Há cerda de uma hora, quando me barbeava.
-
Basta! – Ordenou Fordney. – Fica detido para averiguações.
Porque foi que
Fordney prendeu Talmadge?
(Divulgaremos amanhã a
solução oficial)
* *
* * *
Solução do problema # 009
(Diário Popular # 4046 – 09.01.1954)
Ao examinar os degraus da
escada da torre, Fordney apenas viu pó e folhas secas. Se o homem tivesse
subido, pelo seu pé, tais escadas, deixaria pegadas lamacentas, visto que tinha
as botas cobertas de lama.
E
DIVULGA:
JARTUR (jarturmamede@aeiou.pt)
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