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4163 – 08.05.1954
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Chegaram demasiado tarde. – disse o homem quando a Polícia apareceu.
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Que se passou? – inquiriu Fordney sem mais delongas.
Everett
Moore, caixa da «Imperial Ice Cream Company», prosseguiu:
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Vim fazer serão, esta noite, porque havia muito dinheiro em caixa e precisava
de o conferir e fazer a folha de receita. Por volta da uma hora, ouvi um ruído
de passos, alguém subia a escada. Como só eu estava a fazer serão, no
escritório, pensei logo que se tratava de um gatuno. Apaguei as luzes,
apressadamente, e corri, em bicos de pés, a esconder-me no gabinete anexo à
Tesouraria. O escritório ficou imerso na escuridão. Os passos aproximaram-se e
alguém entrou na Tesouraria. Com uma lanterna de bolso. Aproveitando o ruído
feito por um «eléctrico» que nesse momento passava na rua, liguei para a
Polícia e sussurrei: «Fala da «Imperial Ice Cream Company» South Birc, 13. Está
aqui um gatuno. Socorro, depressa!». Desliguei e aproximei-me da porta de
comunicação com a Tesouraria, que deixara entreaberta. A lanterna estava sobre
a minha secretária e um homem mascarado, com uma pistola ao alcance da mão,
metia o dinheiro num saco, apressadamente. Era um «tipo» fracote, mas não podia
atirar-me a ele, pois estava desarmado. O gatuno acabou de meter o dinheiro no
saco e fugiu por onde viera. Esperei que ele saísse e depois acendi as luzes
para aguardar os senhores.
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Que número marcou ao telefone? – perguntou Fordney.
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O número da Polícia – 1 8 5 2 9 0.
O
professor examinou um saco de papel que retirara do cesto dos papéis e
perguntou:
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Saiu do escritório depois de começar o serão?
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Saí às onze horas, para ir tomar um café. Mas pouco me demorei. Tinha imenso
que fazer.
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A que horas, começou o serão?
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Às 8 e 30, logo depois do jantar.
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E onde jantou?
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Num restaurante, aqui mesmo na rua.
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Vá buscar o chapéu e o sobretudo! – ordenou Fordney. Precisamos de descobrir
quem é o seu cúmplice. Você mentiu!
Por que afirmou Fordney que Moore mentira? Que facto o levou
à conclusão de que o caixa era cúmplice do roubo?
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial
deste caso)
* * * * *
Solução do problema # 023
Diário Popular # 4150 – 24.04.1954
A existência de
sangue debaixo do livro de astrologia, prova que Prasilov fora assassinado. Se
fosse ele que tivesse disparado o tiro que lhe provocou morte instantânea, não
poderia ter havido sangue sob o livro.
O assassino, (um criado do astrólogo)
possuía uma chave do gabinete de Prasilov. Depois de matar o patrão, tirou-lhe
do bolso a chave e atirou-a para o chão para despistar a polícia.
APRESENTAÇÃO
E
DIVULGAÇÃO DE:
JARTUR (O Mr. AHPPP)
jarturmamede@aeiou.pt
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