segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

JARTURICE 011

     

                                  PROBLEMAS POLICIAIS – 14  #011                                                                                                                     
                                                                   

                               (Diário Popular # 4067 – 30.01.1954)
        
         Desde a janela aberta (da parte de fora da qual estava encostada uma grande escada de mão) até ao outro extremo do vestíbulo, onde se via um banquinho, por baixo de um retrato a óleo representando um escocês do século XVIII, de saiote, era fácil seguir uma série de pegadas lamacentas. As pegadas, porém, terminavam ali.
         - Talvez aquele tipo as tenha escondido debaixo do saiote. – observou, por brincadeira, o Inspector Kelley, apontando para o escocês do quadro.
         Voltando a percorrer os seis metros de corredor que o separavam do quarto onde Donald McLennan jazia na cama, morto à paulada, o Professor entrou no quarto. Fez sinal a Kelley para que acendesse a luz e ajoelhou no chão. A sua meticulosidade foi recompensada, finalmente.
         Desde a porta até à cama, e vice-versa, pôde observar, ampliadas pela sua lente, algumas pegadas incompletas e pouco nítidas, deixadas ali por um pé direito. Compreendeu que as pegadas haviam sido feitas por uma pessoa sem sapatos que caminhava na ponta dos pés. Não descobriu quaisquer marcas do pé esquerdo. O mais estranho, porém, é que as marcas tinham uma cor azul pálida, um pouco mais viva no centro. O Professor voltou-se para Kelley.
         - Parece que entrou aqui um gnomo só com um pé, matou o pobre Donald com o seu cacete mágico, executou uma dança na ponta do pé e saiu voando.
         Fordney riu-se, contemplando o céu de onde caíam catadupas de água sobre a terra já ensopada.
         - Isso mesmo! – murmurou.
         - Isso quê? – perguntou Kelley.
         - Percebo agora como surgiram as pegadas no quarto da vítima. – respondeu Fordney. – Algumas deduções simples dão-nos um indício negativo e dois positivos a respeito do calçado e do sexo do assassino.
         - Compreende, Jim? Ele devia usar…


         Em que se baseou Fordney para, após ter observado as pègadas, chegar a conclusões acerca do calçado e do sexo do criminoso?  

                                                                                       (Divulgaremos amanhã a solução oficial)

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Solução do problema # 010
(Diário Popular # 4053 – 16.01.1954)

         Talmadge afirmara que vira Shirley Vie pela primeira vez quando a encontrara na praia, no dia em que ela fora assassinada. Nessa ocasião a rapariga tinha óculos escuros e um lenço a cobrir-lhe os cabelos. Não obstante, Talmadge «reconhecera» Shirley Vie numa fotografia de jornal que a representava vestida de dançarina… Sabendo que era impossível reconhecer-se uma pessoa em tais condições, Fordney deteve Talmadge para averiguações. Depois de um julgamento sensacional, Talmadge foi condenado pelo assassínio da rapariga. O criminoso apressara-se a comunicar à Polícia que encontrara Shirley na praia, porque receava ter sido visto nas imediações pouco depois de haver cometido o crime

Jarturice-011 (Divulgada a 12.Janeiro.2015)
MR. AHPPP




DIVULGADA POR: JARTUR
(jarturmamede@aeiou.pt)

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