sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

JARTURICE 029

         
                                    PROBLEMAS POLICIAIS – 32 - # 029


                                        (Diário Popular # 4197 – 12.06.1954)
        

        O cadáver está sob a pilha de lenha. Mas não se esqueçam de que não quero ver-me envolvido nisto – resmungou o Stig Carona, deitando um olhar inquieto ao professor Fordney e ao inspector Kelley. As suas feições alteradas pelo medo pareciam ainda mais feias. Virava e revirava o boné sebento entre os dedos nervosos.
         Uma hora depois, os três homens apeavam-se do carro da Polícia e penetravam no bosque de Wilson.
         - Bill e Jake envolveram-se em luta diante daquela cabana – explicou Stig, apontando para uma clareira. – Jake conseguiu atirar Bill ao chão. Depois, pegou no machado e, quando Bill se levantou, deu-lhe duas machadadas na cabeça. Depois, arrastou o cadáver para junto da cabana. Deve ter ouvido, então, qualquer coisa porque encostou Bill à parede da casa e veio até aqui. Eu sabia que, se ele me descobrisse, me faria o mesmo que fizera ao outro. Por isso, dei uma corrida até à estrada, meti-me no meu carro e vim chamar a Polícia.
         Fordney notou as manchas de sangue na parede da cabana a cerca de noventa centímetros do solo e que pareciam confirmar a história de Stig. Perto, via-se uma pilha de lenha recentemente cortada.
         O professor abriu a porta da cabana e ia a entrar quando Kelley gritou:
         - O cadáver está de facto sob a lenha. Que espectáculo!
         Mas o interesse de Fordney estava nesse momento concentrado num machado limpo e brilhante, encostado a um canto da divisão única da cabana. Pegando-lhe pelo cabo sebento, levou9-o para fora. Ao ouvir as suas palavras proferidas com calma, Stig voltou-se com um olhar assustado.
         - Se não quer ser preso imediatamente por assassínio, será melhor contar-nos a verdade acerca deste crime.

         Como descobriu Fordney que a história de Stig era falsa?

  (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

    *     *     *     *     *



Solução do problema # 028
(Diário Popular # 4191 – 05.06.1954)

Embora com certa dificuldade, é possível meter uma bala na cabeça, em ângulo recto, a uma distância de 28 centímetros – ou até mesmo mais – mas, para isso, é necessário premir o gatilho com o polegar. Como Crane tinha o dedo indicador apoiado no gatilho, Fordney chegou à conclusão de que ele fora assassinado e que fora o assassino quem lhe metera a pistola na mão para aparentar suicídio.

Nota:
         Ressalve-se a incongruência de, no problema, sempre se ter mencionado «um revólver de calibre 45», e na solução, talvez porque o tradutor não tinha conhecimentos “policiários”, ser referida uma «pistola».
                                                                          Jartur


                                                                                     
  Jarturice-029 (Divulgada em 30.Janeiro.2015)




APRESENTA E DIVULGA:
Mr. AHPPP - JARTUR
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